Um novo Dortmund

dormund1No dia 19 de dezembro de 1909, na região de Vale do Ruhr, historicamente marcada pela grande tradição mineira e religião protestante, nasceu um clube católico. Nasceu como forma de protesto de um grupo de jovens polacos. Jovens que eram parte integrante de um sem número de imigrantes que se deslocaram à região em busca de trabalho nas minas. Como vinham de terras distantes, traziam consigo outros credos e costumes. Com base nas suas ideologias, decidiram formar um clube  de ideais católicos para afronta de um padre protestante. De uma forma peculiar, numa taberna junto a um campo de futebol de rua, 7 jovens polacos criaram um clube que por direito é na actualidade um grande da Alemanha e um dos maiores da Europa, o  Borussia de Dortmund.

 

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A história deste clube Alemão é riquíssima, cheia de sucessos que levaram a títulos de campeão alemão e campeão europeu, mas também preenchidas de períodos conturbados que quase levaram ao fecho de clube. No entanto, a perseverança e paixão louca dos seus adeptos fez o clube prevalecer até aos dias de hoje e o que acontece na liga alemã é que me faz escrever sobre este mágico clube.

Actualmente aos comandos da equipa encontra-se Thomas Tuchel (discípulo de Jurgen Kloop, que também chegou proveniente do Mainz) e nesta época aconteceu algo que não se via desde 2011/2012: não saiu nenhum jogar nuclear da equipa. Recorde-se que Nuri Sahin, Shinji Kagawa, Mario Gotze e Robert Lewandowski partiram para outras paragens (dois deste quatro não tiveram sucesso e já voltaram à casa mãe). Igualmente também nenhum jogador-chave quis sair. Matts Hummels e Ilkay Gundogan foram apontados a vários gigantes europeus e no entanto renovaram pelo clube.

mkhitaryanCom uma nova mentalidade instalada, o Dortmund conseguiu um arranque de época estrondoso, arrasando diversas defesas adversárias com um futebol ofensivo vertiginoso. Destaca-se, na frente, o trio composto por Reus, Mkhitaryan e Aubameyang, responsáveis por grande parte dos golos da equipa. No entanto, é no arménio que se denota uma melhoria substancial em relação às épocas anteriores, possuindo já na sua folha estatística 7 golos em todas as competições. O meio-campo é composto por uma enorme versatilidade. Este sector é constituído por jogadores como Kagawa, Hoffman, Gundogan, Bender e Weigel. Estas opções oferecem uma grande riqueza a nível defensivo e ofensivo, mas também a nível táctico. A equipa viaja pelo 4-4-2, 4-2-3-1 e o 4-3-3, o que permite por vezes um jogo mais aberto, atacando preferencialmente pelas alas, como também um jogo mais contido, preferindo o corredor central. burki

Na baliza está um jogador surpreendente e talvez a maior mudança operada por Tuchel.  Roman Burki, um guarda-redes suíço que chegou do Friburgo, roubou a baliza ao histórico Weidenfeller. Tuchel esclareceu dizendo que “Roman Burki será o titular na Budensliga.  WeidenFeller, dado a forma como se apresentou na pré-epoca, também quero que defenda na Liga Europa e na Taça”.

 

matshummelsA defesa mantém-se em termos de nomes.

Denota-se apenas a subida de forma de Matts Hummels, algo que o próprio atribui a Tuchel. O defesa alemão disse que “quando ainda meditava sobre o meu futuro, tive uma conversa com o novo técnico, Thomas Tuchel. Gostei do que me disse e da maneira como o disse porque foi muito franco”. Referiu ainda que o novo técnico teve um papel fundamental na sua permanência: “Falou-me dos meus erros em campo. Quando um treinador quer que tu fiques, isso é uma coisa boa. É bom que te diga todas as coisas, não apenas as positivas. Tem que te dizer a verdade, por isso pensei que devia ficar”. Recorde-se que o central era criticado na época passada devido às suas más exibições e ao seu notório excesso de peso.

Como venho escrevendo, Tuchel tem sido preponderante nesta nova vida do Dortmund. Tirou o melhor de cada jogador da sua equipa utilizando a profundidade e versatilidade do seu plantel. Restaurou a confiança perdida e fez os jogadores quererem ficar, como se vê pelas constantes declarações proferidas pelos jogadores do plantel. Da mesma forma, demonstra um enorme carácter e profissionalismo, pois atribui o seu sucesso às bases lançadas pelo seu antecessor, Jurgen Kloop.

O caminho ainda é longo, mas a julgar por este início de época é possível prever que o futuro para o Dortmund pode ser risonho. Todo o clube parece renascido e capaz de ameaçar os seus rivais na luta pelo titulo de campeão alemão. Jurgen Kloop pode não estar esquecido, mas agora chegou a altura de Tuchel levar o Dortmund ao lugar onde merece: o topo do futebol alemão e Europeu.

 

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