Vítor Catão pede prisão domiciliária temendo pela sua vida
Vítor Catão, adepto conhecido do FC Porto e um dos arguidos na Operação Pretoriano, fez um apelo desesperado para cumprir a sua pena em prisão domiciliária, receando pela sua segurança caso seja enviado para a prisão.
Durante o interrogatório no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, no passado dia 24 de julho, Catão expressou o medo de ser assassinado devido às denúncias que fez ao longo dos últimos anos.
“Sei que, se for preso para uma cadeia, eles vão matar-me. Eu sei o ódio que eles me têm”, declarou Catão, referindo-se aos esquemas de venda de bilhetes no FC Porto, que ele próprio denunciou. O arguido acredita que as suas revelações o tornaram alvo de represálias, não só por antigos companheiros, mas também por outros afetados pelas suas denúncias.
Catão é suspeito de envolvimento em agressões a sócios do FC Porto e de ameaças a jornalistas durante uma Assembleia-Geral do clube.
Além disso, mencionou Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, sugerindo que este estaria preocupado com o impacto das suas revelações sobre o negócio dos bilhetes.
O seu testemunho na Operação Pretoriano revelou-se crucial no processo, mas trouxe-lhe graves consequências pessoais.
O pedido de prisão domiciliária é visto como uma forma de evitar possíveis vinganças dentro da prisão, com Catão temendo pela sua vida caso seja encarcerado.