Vieira prepara a sucessão: “isto precisa de continuidade”
2 min readLuís Filipe Vieira, explicou em entrevista à Sic, porque não aceita fazer qualquer debate com os restantes candidatos às eleições do clube, marcadas para o próximo dia 30.
«O Benfica precisa é de estar unido e os debates são ruído. Não vão esclarecer ninguém. Acho que o Benfica não se deve expor dessa maneira para dar trunfos aos seus concorrentes», justificou.
A concorrer ao sexto mandato à frente do clube, LFV começou, no entanto, por explicar qual a sua motivação: «Entro com o mesmo espírito de sempre, para ganhar. Esta campanha tem a particularidade de ter quatro candidatos e isso é muito importante para o Benfica. Os benfiquistas têm mais de uma opção para escolher. Vamos aguardar, mas espero que seja eu.»
«Depois de tudo o que foi feito ao longo de 20 anos, agora a vertente mais importante é a desportiva. Temos de repetir o tetra, sabendo que temos uma equipa muito forte e um treinador também, o Jorge Jesus veio dar outra dimensão. Tivemos a melhor década nas modalidades e também em termos de resultados financeiros. No futebol foi a segunda melhor de sempre e penso que conseguirmos ultrapassar a década de 60 será muito importante», prosseguiu, sem se deter, apontando uma vantagem sobre os restantes candidatos (Bruno Costa Carvalho, Noronha Lopes e Rui Gomes da Silva):
«Sei o que fiz e o que poderei fazer, sobre os outros candidatos decidem os sócios. É verdade que, em relação a eles, há um passado que fala por mim mesmo. É bem visível o que está feito, logo tenho alguma vantagem nesse aspecto.»
Vieira reiterou que, caso seja eleito, será mesmo o seu último mandato, mas garantiu também que a sua sucessão está a ser preparada. «Isto precisa de continuidade», vincou.
Tendo em conta que Pinto da Costa também anunciou que será o seu último mandato no FC Porto, a Vieira foi colocada a possibilidade de haver a possibilidade de conversação ao rival. A resposta foi clara: «Não, não quero sentar-me à mesa com ninguém. Já fizemos demasiadas experiências que nunca resultaram, por isso nem vale a pena falar disso.»