Escrito por: Ricardo Vidal

O árbitro inglês que apareceu no derby da semana passada deve andar com as orelhas, pouco tapadas pelo seu cabelo, a ferver. Foi lhe dito, certamente em inglês, que o Sporting não poderia vencer aquele jogo, primeiro porque era demasiado humilhante uma equipa de miúdos da nossa formação ir ganhar á Catedral (ou á Capela já nem sei), segundo porque um equipa que andou a lutar para não descer não pode vencer o glorioso e em terceiro porque, simplesmente, o único possível vencedor era o Benfica. Enfim, perdeu-se a vergonha definitivamente. Contudo, caros leitores, para ser honesto estou me marimbando para capelas e outros que tais, o que me deixa mais triste e indignado é ver miúdos portugueses com enorme talento verem o seu esforço e dedicação desrespeitados daquela forma. Não basta serem encostados em detrimento de novos Messis estrangeiros, que ainda por cima têm de ser gozados e traídos por portugas que não são mais que paus mandados. 

 
Os critérios largos á portuguesa desta forma não são benvindos, como sportinguista sinto me impotente, se fosse benfiquista sentiria-me envergonhado, porque o meu clube estando em primeiro e sendo superior ao adversário não precisaria de ajuda divina para alcançar o sucesso.  Contudo o presidente da APAF José Fontelas veio esclarecer tudo, diz o senhor:

 

«Todos gostávamos que não houvesse lances polémicos ou que suscitassem dúvidas. Tudo seria mais tranquilo mas também tiraria alguma paixão ao futebol. Se João Capela errou? Isso não vou comentar. O João Capela está de consciência tranquilíssima em relação ao trabalho que fez e tem em mente que fez um bom trabalho». Bem, depois disto, dizer que o derby foi a plenitude da paixão do futebol e que se Capela tem em mente que fez um bom trabalho, é porque realmente fez aquilo que lhe mandaram fazer. Sentimento de dever cumprido. No entanto, continuo a achar que o Benfica merece ser campeão, é melhor equipa, joga melhor futebol e tem bom treinador, e isso distingue nos como adeptos do futebol e do Sporting. Fomos roubados na Luz, e mesmo não merecendo, pelo que temos feito ao longo da época, já podíamos estar nos lugares europeus. 

 
Que a qualidade da nossa imprensa desportiva é diminuta já todos sabíamos, mas que era reles e de seriedade duvidosa nem todos o sabem. A cuspidela de Insua ao jogador do Rio Ave sabia a bacalhau, mas a de Enzo Perez tinha um suculento sabor a mentol. É a única explicação que encontro para um ser (e bem) suspenso por 2 jogos e o outro nem sequer ser punido.

 

O que foi revolta e fora de jogo ontem, hoje pode ser obra de arte e um hino ao futebol. 

Já não me lembro da ultima vez que comprei um jornal e por este caminho, não mais o farei. Farto de jornaleiros com falta de respeito.

 

Uma última nota para o jogo de ontem, o Sporting colocou 30 mil adeptos em Alvalade, de louvar, e venceu o Nacional com alma e garra de leão. Capel foi a figura num jogo em que Bruma também de destacou. Rojo deu a estocada final num excelente golpe de cabeça. Este é o caminho. Força Sporting.

 
 
 
 

 Ouro: Rugby. Campeões no ano do regresso.  Prata: Bruno de Carvalho. Pelo renovado Sporting.

Bronze: Bruma. Por ter pedido desculpa a Matic, não tinha nada que ter ali o pé. 

Saudações Leoninas

 

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