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O Futebol à distância de um clique

Vamos conversar, Paulo Fonseca

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Escrito por: Cláudio Moreira

 

Bem, na verdade não vamos conversar coisa nenhuma. O que vai sair daqui é um monólogo, pois a esta hora – e a qualquer outra – deve ter mais em que pensar do que em falar com um mero adepto portista. Mas, olhe, não custa nada imaginar que por obra do acaso vai ter paciência para me ouvir e não responder. Por isso, sente-se confortavelmente no divã e escute o que eu tenho para lhe dizer.

Em primeiro lugar, espero bem que tenha tomado atenção à entrevista de ontem do presidente Pinto da Costa. Reparou como ele se expôs ao ridículo para o proteger? Reparou como ele o amparou num momento de clara fragilidade? Erga os braços para o céu e dê graças por ter um presidente assim. Não sei se o resto da estrutura pensa da mesma forma, não sei sequer se aprovou esta posição pública de Pinto da Costa; o que sei é que você não deve desperdiçar esta oportunidade. O que Pinto da Costa lhe proporcionou não foi um balão de oxigénio, nem um voto de confiança. Foi muito mais do que isso. Salvou-lhe a pele, deu-lhe uma segunda vida, levou com os tiros todos que havia para levar, tranquilizou os adeptos mais cépticos – que são a maioria, aviso-o já – e fez com o que o coro de críticas recaísse sobre ele próprio, chamando os holofotes a si e, desta forma, aliviou as suas costas, que por esta altura devem estar mais golpeadas do que um frango prestes a ir para o churrasco. Aproveite, Paulo, que oportunidades destas não caem do céu aos trambolhões!

Agora, centremo-nos na questão do plantel. Paulo Fonseca, você percebe com certeza mais de futebol do que eu. Mas, pá, não é preciso ser um doutor da bola para perceber determinadas questões. Paulo, já nem entro na questão do duplo pivô, seria chover no molhado. Mas, caramba, já toda a gente reparou que as pilhas do Lucho Gonzalez aguentam 30 minutos, na melhor das hipóteses; não pode ser titular ininterruptamente, apesar do esforço e abnegação que o caracterizam. E que ideia foi esta de voltar a introduzir o Otamendi a titular quando Maicon e Mangala estavam a jogar, e bem, juntos? Foi pressão do empresário? Foi imposição de alguém da estrutura? Maluqueira sua? No caso de ter sido uma das duas primeiras hipóteses, você só tinha de se impor (viu como Vítor Pereira fez na Arábia Saudita, viu?) e dizer ‘meus senhores, o treinador sou eu, cabe a mim decidir, ponto final!’; caso tenha partido da sua cabeça, bem, não encontro explicação lógica. E, atenção, não digo isto porque Otamendi se fartou de fazer asneiras no jogo da Luz., é mesmo porque me parece inconcebível pôr cobro a uma dupla que se estava a entender, apesar de um ou outro percalço. E, já agora, cautela com a confiança inabalável no Quaresma. Não acha que valia a pena abrir os cordões à bolsa e contratar alguém mais novinho para as alas, com margem de progressão, mas com qualidade suficiente para assumir-se como titular? Depois não diga que não avisei…

Vá, não tomo mais tempo. Continuação de bom trabalho e não defraude quem ainda acredita no seu trabalho e surpreenda quem já perdeu a esperança nos seus métodos. Eu nem sei em qual das duas posições me colocar, mas, tal como lhe disse em cima, a maioria dos portistas está conformada de que consigo ao leme a época é um naufrágio prestes a acontecer.

Portanto, levante o rabo do divã, vá trabalhar e faça um favor a todos os portistas: enriqueça o museu com títulos. Foque-se nesse compromisso e não pense no resto que o rodeia, tem um presidente e uma estrutura que fazem isso por si. Vamos lá levar este barco a bom porto e espero bem que não tenha de falar novamente consigo. Ou melhor, quando nos encontrarmos novamente que seja para abordarmos a volta que deu à coisa para a endireitar. OK?

Ah, ia-me esquecendo, já agora corte essa crista que tem no cabelo. Cai mal a um quarentão. E não condiz com a profissão que desempenha. Sim? Fica a sugestão.

Forte abraço e sorte, muita sorte, para o que resta da época!


 

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