
O União da Madeira requereu por via de uma participação disciplinar ao Conselho de Disciplina, a impugnação do campeonato da I Liga, acusando o Vitória de Setúbal de inscrição e utilização irregular e dolosa de jogadores. A notícia é avançada esta segunda-feira pelo jornal OJogo na sua edição online. Segundo a mesma fonte, os madeirenses requerem mesmo a reclassificação do campeonato.
Se lhe for dada razão, as consequências podem ser várias, desde a permanência do clube madeirense, à descida dos sadinos e à perda do lugar europeu do Rio Ave em favor do Paços de Ferreira. É mais um caso a abalar o futebol português, três dias antes de uma assembleia geral em que se vai discutir o alargamento por via da integração do Gil Vicente, se for aprovada pelos clubes.
A mesma fonte informa de todo o processo,
Qualquer associado da Liga tem 30 dias para protestar um jogo. Faz amanhã… 30 dias que Vitória de Setúbal e Paços de Ferreira empataram a zero na última jornada do campeonato. Nesse jogo, os sadinos utilizaram Meyong e Makuszewski, jogadores contratados e inscritos em janeiro. Ora, o União alega e demonstra com documentos e suportando-se no Regulamento Disciplinar da Liga que os sadinos não podiam inscrever jogadores na janela de janeiro, nem tão pouco registar contratos. Em causa está o “caso Hassan”, já amplamente noticiado, mas nunca devidamente esclarecido pelo CD da FPF. O V. Setúbal foi condenado a pagar 28 674 euros de indemnização como compensação pela formação e valorização do atleta ao Almancil, que pediu a constituição de uma comissão de arbitragem da FPF em Julho de 2015. Em Outubro, a comissão deu oito dias ao V. Setúbal para fundamentar o não pagamento daquele valor, mas não teve resposta o que significou, para o juiz, a aceitação do valor indemnizatório. No dia 18 de Novembro foi fixado um prazo de 30 dias para a regularização da dívida, o que não aconteceu. Esta infração implica o impedimento “automático” da inscrição de jogadores. O caso já tinha sido alvo de um processo movido pela Académica, mas o Conselho de Disciplina alegou “falta de fundamentação”. O União chegou mesmo a pedir um esclarecimento sobre o assunto, mas nunca obteve resposta por parte do Conselho de Disciplina. Não sossegou e volta agora à carga, pedindo a não homologação do resultado do jogo V. Setúbal-Paços de Ferreira, solicitando ainda a subtração de pontos (vai de um mínimo de 3 até cinco) e requerendo a consequente reclassificação do campeonato e a impugnação do mesmo.
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