Uma nova esperança
Escrito por: Bruno Pinho
Com o empate do F.C Porto frente ao Nacional da Madeira, o Benfica conseguiu cumprir mais uma jornada na aproximação à liderança, somando três preciosos pontos numa vitória caseira frente ao Sporting de Braga. Foi uma vitória feliz, numa exibição pobre por parte da equipa da casa, onde a sorte do jogo favoreceu o audaz e ousado Matic. Não tínhamos treinador, não tínhamos o nosso goleador, ficando mais uma vez provada a enorme dependência que o Benfica possui em relação ao “Tacuara”. A equipa evidenciou domínio de jogo, no entanto, poucas vezes se aproximou da área bracarense e por consequência, poucas oportunidades de golo foram criadas, numa noite de clara falta de inspiração por parte dos avançados do Benfica.
O Braga jogou com as suas linhas recuadas, mas foi a equipa que causou mais perigo durante o encontro em lances do contra-ataque, com Éder e Rafa a terem um papel de destaque. Apesar de adoptar uma postura defensiva, o Braga foi uma equipa bastante organizada, com as suas linhas bem fechadas, aumentando a dificuldade da tarefa dos encarnados. Para este encontro, o Benfica apresentou algumas alterações no onze inicial, destacando-se a inclusão de Sílvio na ala direita, Siqueira regressou à esquerda e Djuricic substituiu Ruben Amorim na vaga deixada a meio campo.
Penso que a ideia de jogo era aproveitar os rasgos de Markovic e a leitura de jogo de Djuricic, mas muita coisa correu mal: assistiu-se a um jogo muito lento, previsível, com muita bola jogada de forma inconsequente pelo meio do terreno, onde Markovic ajudava a afunilar o jogo com as suas insistentes diagonais, Djurircic passava ao lado do encontro, Silvio cruzava mal pela direita e Lima continuou a desiludir, como tem feito esta época. Aos 72 minutos de jogo, num lance de pressing (momento raro da partida), Matic com um dos seus movimentos típicos, recupera a bola no meio campo adversário, ganha terreno e remata para o fundo da baliza defendida por Eduardo, dando a vitória ao Benfica.
Este foi o típico jogo onde o resultado foi basicamente o essencial, acrescentado também o facto de que a vitória nos permitiu recuperar dois pontos frente ao nosso adversário directo na luta pela conquista do campeonato nacional. Com ou sem nota artística, com ou sem sofrimento, lá conseguimos a aproximação desejada, e analisando bem esta jornada, não conquistamos três pontos, conquistamos cinco!
Nota: Reconheço em Markovic um grande potencial, um dos poucos reforços que esta época demonstrou qualidade, no entanto, penso que o avançado Sérvio pode tirar algumas lições de humildade e de benfiquismo com o seu compatriota Matic. Não gostei da sua postura ao ser substituído, é um jogador jovem, ainda não se impôs no onze inicial, as suas exibições não têm sido consistentes e acima de tudo demonstrou pouco profissionalismo para com a grande instituição que representa.
Os anti-túneis
E n’ “Os anti-túneis” desta semana:
Bruno de Carvalho e as cores de Portugal: «Tirando o vermelho, é tudo nosso!» foi esta a referência de Bruno de Carvalho a propósito das cores da bandeira nacional e a sua solução para os problemas do país, na confraternização do núcleo sportinguista de Braga, no passado Domingo. Para além da gravidade das suas palavras e da notória estupidez, está visto que o senhor não sabe que o vermelho que integra o símbolo nacional representa o sangue derramado dos bravos que ajudaram a construir a nação. Não sei que tipo de analogia o presidente do Sporting queria realizar, no entanto, parece me que o Sporting de Braga não liga muito a este tipo de comentários por parte do seu adversário directo dos últimos anos.
Saudações Desportivas!