Escrito por: João Pereira
O Benfica foi derrotado pelo Zenit, não conseguindo dar seguimento ao resultado volumoso conseguido em Setúbal. Foram, também, 51 jogos seguidos sem perder na Catedral. Este resultado começou a desenhar-se de uma maneira bastante simples, dois buracos na defesa bastaram para que, no primeiro, Hulk fizesse golo e, no segundo, Danny se isolasse e fizesse Artur cometer a falta que resultaria na sua expulsão. Nestes dois lances duas coisas me ocorreram, a primeira, na qual prefiro não acreditar, é que não temos equipa para consumo externo ou para equipas fortes e que uma equipa com dois ou três jogadores rápidos e talentosos (como Danny, Hulk e Shatov) facilmente desmontam a defesa, onde Jardel e Eliseu, curiosamente substitutos de jogadores que saíram a época passada, tiveram uma noite francamente má. A segunda, na qual prefiro acreditar, é que foi apenas uma exibição menos conseguida de Jardel e Eliseu e que aqueles dois lances só ocorreram porque os processos defensivos ainda não foram devidamente assimilados, devido à entrada dos já referidos dois jogadores da defesa e de Samaris, que é o médio mais defensivo.
Claramente que a equipa está mais fraca do que a época passada, mas a segunda parte animou as hostes. Apesar do Zenit estar constantemente a congelar o jogo, sem acelerar, e a jogar com 10 elementos, os jogadores deixaram a pele em campo e mostraram uma atitude guerreira que encheu de orgulho todos os benfiquistas. Como diz o ditado, “quem não tem cão caça com gato” e, transportando isso para a realidade do Benfica, quem não tem a qualidade da época passada, arranja novos meios de alcançar o sucesso, seja a moldar os jogadores que ficaram e os novos, seja com raça (como o fantástico Atlético de Madrid actua), seja com um misto das duas coisas. Espero que a atitude da equipa e dos adeptos neste jogo seja para continuar e seja um mote perfeito para que os jogadores se unam e se sintam capazes de alcançar grandes feitos (tanto na Europa como em Portugal). O Benfica pode muito bem vencer qualquer dos três adversários tanto em casa como fora e estou confiante que tudo fará para o conseguir já na próxima jornada em Leverkusen.
A subir: Talisca. O brasileiro realizou uma boa exibição e fez três golos na vitória do Benfica sobre o Vit. Setúbal. O trabalho de Jorge Jesus no jogador parece estar a sortir efeito. Veremos como evolui.
A descer: Real Madrid “interno”. Em três jogos na La Liga, os blancos contam com uma vitória e duas derrotas.
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