Aproveito o meu tempo de antena de hoje, para escrever sobre o melhor jogador a actuar no nosso campeonato a par do portista Hulk: El mago Pablo Aimar.
Não digo nenhuma inverdade se afirmar que todos os amantes do desporto rei, gostam de ver os poemas que Aimar escreve nos romances em que torna o Futebol, cada vez que toca na bola.
Pablo César Aimar Giordano tem 32 anos. Tinha 29 quando Rui Costa o convenceu a vir para o Benfica. E, se (muitas) mais razões não existissem, só por isso os benfiquistas, em particular, e os adeptos do futebol português, em geral, deviam estar eternamente gratos ao antigo número 10 das águias e da selecção nacional. Não é incomum que jovens talentos sul-americanos iniciem em Portugal carreiras fulgurantes que os levam ao estrelato internacional. Os exemplos estão por aí e os cofres dos clubes já se habituaram a essa receita. Mas que um talento universal como Aimar tenha vindo para Portugal numa idade em que muitos futebolistas estão no seu auge, isso foi qualquer coisa de histórico.
É claro que a carreira de Aimar andava um bocado por baixo quando surgiu a hipótese Benfica. Mas ele reencontrou-se, e ainda bem que assim foi. A única reticência que coloco na minha admiração profunda sobre este sublime argentino, patenteia-se com a sua condição física. Tivesse Aimar uma fisiologia diferente e tinha acrescentado capítulos ainda mais brilhantes à sua boa carreira.
No entanto, parece que agora aos 32 anos está a respirar saúde, o que é sinónimo de vermos o nosso Dez a espalhar classe pelos nossos relvados.
Aimar é daqueles jogadores que joga e faz jogar, ou seja, torna quem actua ao seu lado, um jogador muito melhor. Como se viu frente ao Gil Vicente, com ele o Benfica ganha dimensão, ganha criatividade, ganha brilho e repentismo, adquire aquele “star quality” só visível nas grandes equipas!
Um repto: Aimar renova já… “ontem”.
Fazendo um paralelismo com o jogo do meu Benfica no passado Domingo, e não me querendo alongar muito, considero que o resultado é extremamente pesado para o Gil Vicente. No que concerne ao item oportunidades de golo, é importante salientar que os Gilistas tiveram quase tantas como o Benfica. A equipa benfiquista, exagerou e muito, nos passes laterais e para trás, faltou-nos literalmente objectividade e verticalidade no nosso Futebol, mas tivemos, admito, aquela estrelinha (oxalá a de campeão) que nos permitiu desbloquear um jogo dificílimo. Não podemos apresentar sempre a tão badalada nota artística, mas temos obrigação de… continuar a ganhar!
NOTA 1: Diz-se por ai, que a direcção do Feirense preferiu jogar no mítico Marcolino, ao invés de optar pelo municipal de Aveiro, perdendo por conseguinte, 300mil euros de receita do jogo. Num momento em que o dinheiro não abunda, principalmente nos clubes ditos pequenos, é de fazer uma vénia aos valores de índole sentimental do presidente do Feirense. Ou então, será que alguém “cobrirá” esta diferença de valores?
NOTA 2: Quero deixar aqui uma palavra de apreço para com Nélson Évora. Um extraordinário campeão que voltará ainda mais forte, após ultrapassar este terrível infortúnio. As Olimpíadas de Londres perdem um atleta de eleição. Força Nélson!