Escrito por: Rui Fiel

Não, o título desta crónica não pressupõe que o seu autor, neste caso eu próprio, siga a mesma linha de raciocínio que o “sanguessuga” do Nobre Guedes que, apenas alguns dias após o seu afastamento da vida quotidiana do clube, surge por entre a bruma a vilipendiar o mesmo, anunciando aos setes ventos a sua extinção! Não! O título representa apenas e só o término de mais uma época desportiva nacional.

E assim foi. Com o final da Taça de Portugal, deu-se por encerrado o calendário competitivo português, originando uma pausa de Verão à muito aguardada pelos sportinguistas.

Julgo então que será a altura ideal para fazer uma breve reflexão sobre aquilo que acho deva ser o meu Sporting para a próxima época, algo que nunca pensei fazer e que acho inclusive discutível, pois cada um de nós, cada treinador de bancada, jogou demasiadas vezes FM e deverá saber que o mundo real é bem diferente do virtual. Apesar de tudo, e revelando a minha faceta mais teimosa, aqui fica um excerto do que seria o meu clube na época vindoura, relativamente ao seu plantel sénior.

Na baliza a venda de Rui Patricio parece-me mais que certa, ainda que com paradeiro desconhecido, deixando em aberto a vaga para Boeck, seu natural e digno sucessor. No entanto não afino pelo diapasão de que Golas seria o seu suplente, pois não vejo no jovem qualidades necessárias para, em caso de necessidade, agarrar as redes leoninas. Ventura nem entra nestas contas sendo que então seria preciso um elemento para completar o quadro de guarda-redes.

Nas laterais um problema bicudo. Joãozinho não é leão, nem me parece reunir condições para o ser a tempo inteiro. Grave será pensar que neste momento só Rojo poderia ocupar essa vaga. Fica a questão dois laterais esquerdos no mercado de Verão ou apenas um e Turan? Miguel Lopes, Cédric e Arias formam o trio de laterais direitos no plantel sendo que o primeiro joga também à esquerda e que os outros dois já merecem uma aposta mais continuada, sendo que o dinheiro não abunda para os lados de Alvalade ficaria com estes. Neste momento tenho quatro laterais, 3 direitos e 1 esquerdo sendo que um dos destros é “misto”. Problema resolvido?!

Centrais! Aquela que é neste momento uma enorme lacuna no SCP. Ilori, Dier e Rojo seriam para manter, obrigatoriamente, esperando que “Gooch” aceitasse diminuir o seu vencimento e ajudar a equipa a crescer num ano tão complicado como será o vindouro. Boulahrouz já vai embora tarde.

No centro não à fome que não dê em fartura. E se a época foi horrível não aceito necessariamente que os jogadores o sejam, pelo menos não tão maus que só desse para um 7º lugar. Fito, Zezinho, Adrien, João Mário, Schaars, André Martins e Labyad, sobram e chegam para uma época só com Liga, Taça de Portugal e Taça da Liga. Apesar de tudo 7 médios são demasiados e deste lote Schaars poderia bem seguir para outras paragens. Infelizmente Elias não faz parte deste quadro, mas o quanto eu gostava que fizesse, talvez nas condições de Onyewu, deixando João Mário evoluir nos “bês”.

Os alas Carrillo e Bruma teriam de ser naturalmente titulares, com Viola e Wilson Eduardo como reservas, Acredito que os dois “ciclistas” podem ter tudo para serem craques mundiais, mas só se quiserem. Não querendo Só ter Wilson e Viola não chega, mas para isso também temos na B Esgaio e Iuri Medeiros. Capel deverá ser (bem) vendido.

Finalmente o calcanhar de aquiles sportinguista. O ponta de lança. Sem Wolfs o Sporting não tem quem faça abanar as redes adversárias, e nem nas nossas reservas temos gente com faro pelo golo. Ghilas parece-me bom, faltará saber se é barato. Acho necessário a aquisição de mais dois elementos, quais não faço ideia. Seria no entanto nesta posição que apostaria as minhas fichas todas, ou aquelas que ainda tivesse…

 

Assim sendo, Sporting Clube de Portugal versão 2013/2014 by Rui Fiel seria mais ou menos assim:

– Boeck, Golas, (+1);

– Cédric, Arias, Miguel Lopes, (+1);

– Onyewu, Ilori, Rojo e Dier;

– Fito, Zezinho, Adrien, Elias, André Martins e Labyad;

– Carrillo, Bruma, Viola e Wilson Eduardo;

– Ghilas, (+2).

Em suma, um plantel com 24 jogadores, a precisar de apenas 4 contratações, sendo que o restante encontra-se ligado contratualmente ao clube. O resto do refugo é para vender ou deitar fora (sendo que ambas as situações são complicadas), tentando dar continuidade ao bom trabalho efectuado na formação do clube.

 

Boas férias a todos e Saudações Leoninas

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