Em entrevista à BTV, Luís Filipe Vieira revelou:
“A crise é muito profunda, tanto em Portugal como no Mundo. Baixar ordenados não está nos meus planos. Foi uma das coisas que disse logo. Não está no meu horizonte despedir pessoas. Não nos podemos esquecer que chegamos aqui com o pessoal todo. Somos um clube reconhecido, por isso não existe um horizonte de amanhã entrar em lay-off. Há uma coisa que sabemos: temos de começar a gerir o Benfica de forma diferente. Agora não sei se até dez dias não se pára o campeonato, se há competições europeias. É gerir no dia-a-dia”, acrescentou, não escondendo que o surto do novo coronavírus deitou por terra dois negócios dos encarnados.
“Recebi uma proposta de 60 milhões pelo Vinícius e não vendi. Está tabelado por 100 milhões. Se não fosse a pandemia o Benfica tinha dois jogadores vendidos por 100 milhões de euros. Cada um. Eram 200 milhões”, atirou.
“O passivo do Benfica está nos 385 milhões de euros, mas o ativo ronda acima dos 600 milhões. Se pensar que nestes ativos, os jogadores estão avaliados em 117 milhões de euros. Em situações normais, um jogador do Benfica atinge esse valor. Esse ativo está muito por baixo. O passivo diz respeito a fornecedores, à volta de 80 ou 90 milhões de euros, dívidas a clubes, empréstimos e o contrato da NOS a ser reconhecido, 112 milhões de euros, durante o tempo do seu próprio vencimento. As contas do Benfica deviam ser motivo de orgulho para muita gente”.
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