A contestação dos adeptos em relação a Roger Schmidt tem aumentado nas últimas semanas, mas o técnico não tem planos de sair do Benfica antes do final do seu contrato, que vai até 2026, a menos que seja demitido pela direção liderada por Rui Costa. A decisão sobre o futuro de Schmidt está nas mãos do presidente, que terá que tomar uma posição firme se quiser mudar o comando técnico da equipa.
“Vou permanecer no Benfica até 2026. Não estou à procura de emprego em outro lugar, tenho um compromisso aqui e estou feliz com ele. Não pretendo receber convites de ninguém”
, afirmou Schmidt na antevisão do jogo contra o Famalicão, onde o Benfica foi derrotado por 2-0, permitindo ao Sporting conquistar o título a duas jornadas do fim do campeonato.
Esta temporada tem sido marcada por resultados aquém das expectativas, com a conquista da Supertaça frente ao FC Porto não sendo suficiente para acalmar a insatisfação dos adeptos.
A prestação dececionante na Liga dos Campeões, a eliminação na Liga Europa diante de um Marselha em crise, a saída da Allianz Cup frente ao Estoril e a eliminação nas meias-finais da Taça de Portugal às mãos do Sporting contribuíram para o clima adverso em torno do treinador. Schmidt admitiu que “a temporada não foi espetacular, mas foi boa”, reconhecendo que a equipa não esteve à altura de uma campanha excepcional.
“É necessário melhorar algumas coisas para estarmos mais preparados para a próxima temporada”, destacou o técnico após a derrota em Famalicão, a décima na época. Olhando para o atual plantel do Benfica, há pelo menos cinco jogadores que poderão sair no próximo mercado de verão se Schmidt permanecer como treinador: Morato, João Mário, David Neres, Arthur Cabral e Tengsted.