Escrito por: João Pereira
O Benfica perdeu com o Zenit e hipotecou qualquer hipótese de passar à próxima fase da Liga dos Campeões. Mais tarde, o Mónaco venceu em Leverkusen, afastando definitivamente as hipóteses do Benfica chegar, sequer, à Liga Europa. É verdade que, até Jorge Jesus decidir perder o jogo (desculpem a expressão mas o nosso técnico, por vezes, tem opções absurdas e ontem foi uma dessas vezes), tirando um elemento do meio-campo para colocar um ponta-de-lança mais fixo e, consequentemente, perder todo o meio-campo, o Benfica não esteve mal, bloqueando os ataques dos russos e tendo excelentes oportunidades para chegar à vantagem. Quero aqui destacar a exibição de André Almeida, que ganhou praticamente todos os duelos com Hulk e deu consistência defensiva ao lado esquerdo da defesa.
Agora, sem qualquer prova europeia, o Benfica perde um dos seus objectivos para a época. Mas afinal isso é mau? Sim, é mau no plano financeiro principalmente. É verdade que Jorge Jesus apenas por uma vez passou a fase de grupos da Liga dos Campeões desde que está no Benfica? Também é verdade. E apesar de considerar isso inadmissível para um clube com a grandeza do Benfica, o que é facto é que esta época, se calhar fruto das saídas e da incerteza na construção do plantel, a saída da Europa pode ser um mal menor e pode ajudar a equipa a focar-se e a estar mais fresca para os compromisso internos. Posso estar a ser ingénuo, mas não trocava o bicampeonato pela presença nuns oitavos ou uns quartos-de-final da Liga dos Campeões. E já defendo esta ideia desde que esta época se iniciou.
Agora, voltando a Portugal, o foco está virado para Coimbra, onde o Benfica terá um jogo complicado, apesar da época dos estudantes não estar a ser brilhante. É fulcral vencer de modo a manter a vantagem no primeiro lugar. A partir de agora são 24 finais no campeonato, mais algumas na Taça de Portugal (o Braga será o próximo adversário, na Luz), rumo a algo que os benfiquistas há muito não vêem e que muito desejam, o bicampeonato.
A subir: Agüero. O argentino mostra que, se não fosse tão inconstante e as lesões não o perturbassem tanto, o trono do futebol mundial não teria dois deuses indiscutíveis, mas sim três.
A descer: Liverpool. O conjunto inglês aina não conseguiu superar a saída de Luís Suaréz. No campeonato foi derrotado e ontem, na Liga dos Campeões, empatou frente ao modesto Ludogorets.
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