Escrito por: Rui Fiel
A segunda volta iniciou-se com os resultados do mau tempo a serem visíveis um pouco por todo o país! Assistimos durante a semana ao que a intempérie foi capaz de fazer, adiando jogos, atrasando outros. Realmente quando a mãe natureza não quer, não quer mesmo.
No Dragão, painéis publicitários foram arrancados do solo obrigando ao interregno da partida para salvaguarda dos atletas, em Vila do Conde, e depois de mais uma partida disputada debaixo de um dilúvio, os atletas foram “proibidos” de pisar o terreno de jogo até à próxima partida a disputar no Estádio dos Arcos para o campeonato. E estes são apenas os casos mais visíveis para todos, certamente outros clubes terão dado as mesmas instruções aos seus atletas e salvaguardado os seus terrenos.
Mas esta introdução numa crónica que se quer “sportinguista” porquê? Pelo simples facto de no passado sábado não ter tido direito a assistir a uma partida de futebol mas sim a um espectáculo de “bola para a frente” ! Como disse anteriormente, ou dei a entender, a culpa de um Inverno tão rigoroso nunca será dos proprietários dos clubes, ou das suas direções, mas o que daí advém já poderá ser objecto de alguma culpabilidade.
Não vou sequer referenciar o péssimo trabalho desenvolvido no relvado do meu clube, que embora com melhoras significativas, continua a ser uma dor de cabeça e, porque não dizê-lo, uma vergonha para um clube tão grande como o Sporting Clube de Portugal…
Uma das situações referidas por mim tem como interprete o Porto. Depois de durante a semana ter sido massacrado por chuvadas sucessivas, o relvado do Dragão conseguiu manter-se apropriado para a prática com que outrora havia sido plantado, a prática do desporto rei. Muitos dirão que será do brilhante escoamento, ou do tipo de relva que ali se utiliza, eu digo (porque sei) que se trata de um trabalho árduo, duro mas que tem vindo a demonstrar um grande nível de profissionalismo e resultados brilhantes.
E era aqui que eu pretendia chegar. Não me custa elogiar um rival quando assim se deve fazer, custa-me sim saber que neste mesquinho futebol português não aproveitamos o que de bom temos. Se existe alguém que consegue, mesmo face a tamanhas adversidades, manter um relvado digno de uma partida de Primeira Liga, porque não investir-se em formações, ou seja lá o que der resultado, para que todos os outros também o consigam?!?!
É certo e sabido que os egos aqui no burgo muitas vezes se sobrepõem aos resultados, mas já estava na hora de os órgãos competentes deixarem de ser peões neste jogo e parecem eles próprios a comanda-lo.
E esta situação dos relvados é apenas uma gota no oceano, um oceano cheio de problemas que tardam a ser resolvidos… Já que estou numa maré de negativismo e “common-sense”, que me dizem a esses preços de bilhetes? Ah pois, a fava este anos saiu-nos a nós! É que já nem se disfarça. “Ah o teu clube está outra vez na mó de cima? Toma lá um joguito medíocre, com jogadores de segunda ou terceira linha do futebol português, num batatal sem bancadas cobertas a 30 euros! E já somos meiguinhos…”. É isto. Falamos de todos os bons exemplos, de que as receitas televisivas devem ser distribuídas de igual forma por todos, mas depois são todos diferentes… Aquando da eleição dos novos orgaos sociais da Liga, foi ver os clubes pequenos juntarem-se quais Robin dos Bosques cá do sitio para darem uma lição aos ricalhaços de Sherwood, mas de repente o sheriff que escolheram afinal já não presta… Com tudo isto, escrevi mais uma crónica em que quase não falei do meu clube, e da sua brilhante vitória no jogo de futebol sem bola, do batatal de Arouca. Slimani vai tirar o lugar ao, desgastadissimo, Montero. Mané tornou-se a nova jóia da coroa, mesmo sem jogar. Patricio lá sofreu um golito e até já dá para tirar o William. Quando tudo corre bem corre mesmo bem!
Como diriam uns quantos em 82, EM FRENTE SPORTING!!!
SL
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