Continuam a sair as palavras da segunda metade da entrevista de Cristiano Ronaldo a Piers Morgan, na qual o astro português voltou a desenvolver vários temas que foram e ainda são parte do dia a dia da sua carreira.
Desde as chances de vir a conquistar o Mundial por Portugal, o fim da carreira ou a rivalidade com Messi ao longo dos anos, Ronaldo fez questão de não deixar muito por dizer.
«Treinador fantástico, ótima geração de jogadores e tenho a certeza de que vamos fazer um Mundial fenomenal. Ganhar? Muito difícil, mas tudo é possível. Não somos favoritos, mas… A França, Espanha, Argentina, Alemanha, Brasil são os favoritos. Inglaterra também tem uma oportunidade, tal como Portugal. Vai ser um Mundial diferente, no inverno… », abriu o mais internacional da história de Portugal, confirmando posteriormente que este será o último torneio de caráter mundial.
«Provavelmente [vai ser] o meu último Mundial. Não sei o que vai acontecer depois, mas os adeptos do Man. United vão estar sempre no meu coração e orgulho-me de terem estado sempre do meu lado. O meu foco está apenas no Mundial, o que vai acontecer depois, não sei». garantiu.
Sobre o Manchester United, Cristiano Ronaldo voltou à carga e não perdeu tempo a criticar a estrutura dos red devils: «Preocupam-se mais com o marketing e o dinheiro que vem daí, com o futebol o presidente não se preocupa muito. Há coisas dentro do clube que o impedem de chegar ao nível do Liverpool, Man. City ou Arsenal.
Penso que será complicado chegar lá nos próximos três anos… Como Picasso dizia, é preciso destruir para reconstruir. E se quiserem começar por mim, sem problema… Mas se quiserem começar uma nova era, uma nova geração… Terão de mudar muitas coisa.»
Por falar em nova era, o ainda camisola 7 do Manchester United acertou agulhas, quanto ao final da sua carreira: «Máximo três anos. Quero acabar com 40. Uma boa idade, mas às vezes planeias uma coisa e a vida é dinâmica, não podes controlar o que vai acontecer.»
Sobre Messi, Ronaldo referiu-se em tom bastante elogioso, não descartando um jantar a dois, provavelmente quando arrumar as botas: «Jogador incrível, mágico, de topo. Como pessoa… Partilhámos o topo durante 16 anos, tenho uma grande relação com ele. Não somos amigos, mas é como um colega de equipa. Respeito-o muito pela forma como fala sempre sobre mim. É argentino, a minha namorada também… É um grande rapaz, faz tudo pelo futebol. Provavelmente o melhor que vi, a par do Zidane. Jantar com ele? Porque não? Adoro conhecer pessoas, partilhar coisas, ideias, aprender, novos pensamentos. Vou fazê-lo, de certeza, daqui a alguns anos…»