Prendas de Natal

Escrito por: João Pereira

No Domingo o Benfica logrou vencer um fraco conjunto que não joga bem em equipa (não necessariamente com maus jogadores). Apesar do desnível patente entre os dois conjuntos, um pormenor saltou à vista: a defesa do Benfica continua permeável e fraca, mesmo contra equipas pequenas e que pouco atacam. Para além de um quarteto defensivo “desgovernado”, ainda há que contar com a má organização de toda a equipa no momento de defender e com um guarda-redes que, neste momento, não consegue ter noção do espaço e do tempo, sofrendo golos absurdos por erros de cálculo, que resultam em reflexos lentos e mau timing de ataque à bola. Pessoalmente acho que o Benfica não realizou um tão má exibição como pintam, mas, de facto, era um jogo que tinha tudo para ser dos mais calmos e fáceis desta época e tornou-se um jogo complicado por causa de dois erros primários, em que a defesa e Artur, no primeiro, e apenas Artur, no segundo, estiveram francamente mal. Felizmente, a equipa conseguiu dar a volta a duas desvantagens e vencer, mantendo a desvantagem de 2 pontos para o primeiro lugar. Na próxima sexta-feira realizar-se-á o último jogo deste ano para o campeonato, em Setúbal, frente ao Vitória. Os sadinos têm subido de produção com Couceiro e será um jogo difícil. A equipa ainda não está “oleada” e a culpa não será apenas dos jogadores, mas, também, e talvez em grande parte, do treinador. Enquanto não entrar nos eixos, só poderemos esperar oscilações nas exibições (de jogo para jogo e dentro do próprio jogo). E isso pode correr muito bem ou muito mal. Com o Olhanense acabou por correr bem, mas alturas houve em que parecia encaminhar-se para correr mal. Contra equipas mais fortes este tipo de oscilações com certeza não correrão bem. 

Na Liga Europa o adversário será o PAOK Salónica, da Grécia e de Miguel Vítor. Há primeira vista não parece um adversário difícil, apesar das deslocações a estádios gregos serem tradicionalmente complicadas devido ao ambiente criado pelos adeptos. No entanto, nada poderá ser dado como adquirido e exige-se concentração máxima. 

Nota – Estou expectante para ver como Oblak se irá portar na baliza do Benfica, espero que seja para ficar, pois qualidade há muita.

Como estamos em época natalícia, deixo aqui alguns presentes para simbólicos e caricaturados, para algumas figuras do futebol:

Um par de óculos e um bilhete só de ida com saída da estação de Benfica- estas prendinhas vão directamente para Jorge Jesus. O par de óculos parece-me óbvio, pois só quem vê muito mal não consegue entender que a equipa do Benfica não está a jogar bem, as opções tácticas não são as melhores, há jogadores que mereciam o banco e que um mestre da táctica tem de se actualizar. O bilhete significa o que já deveria ter acontecido no início da época, Jorge Jesus embarcar noutra aventura que não a da quinta época no Benfica.

Um quadro com a inscrição “O futsal já não é a modalidade mais importante”- para os adeptos do Sporting. A modalidade oficial já não é o futsal, como sucedeu na época passada. E depois da facada na UEFA futsal cup, a modalidade passou mesmo para segundo plano, em detrimento da modalidade de futebol. 

Uma estátua- prendinha dirigida a Kelvin. Depois de um cantinho no museu do clube e do tratamento como uma super-estrela por parte dos adeptos, só falta mesmo a braçadeira de capitão e uma estátua em frente ao estádio, para esta verdadeira lenda viva com imensos jogos e golos pelo clube azul e branco.

O serviço Meo- para Joseph Blatter. Com este serviço, o presidente da FIFA podia voltar para trás no tempo e ver na televisão ou internet as tristes figuras que faz quando abre a boca. 

Uma mordaça- para Pinto da Costa e Bruno de Carvalho, aspirante a ser um Pinto da Costa “verde”. Algo que lhes seria bastante útil pois calados são uns poetas mas a falar são uns patetas. 

Um jogo “Monopólio”- para Joaquim Oliveira, presidente da Oliverdesportos. Um jogo que se identifica perfeitamente com o senhor e que o ajudará a recordar tempos aúreos, que estão lentamente a acabar.

Um ranking da FIFA e outro da UEFA- para relembrar aos jogadores portugueses a sua posição e compará-la com as das restantes selecções que integraram o grupo de qualificação para o Mundial

A Bola de Ouro- para Cristiano Ronaldo. O melhor este ano, o mais preponderante e o mais influente no seu clube, em comparação com os outros dois finalistas, apesar de não ter ganho títulos. 

Outras prendas podiam ser dadas, mas davam para preencher um espaço infinito. Ficam aqui algumas simbólicas.

Amigos Benfiquistas, que o novo Ano nos traga alegrias em termos desportivos. Bom Natal e boas entradas no Ano Novo para todos os adeptos do futebol, seja de que clube forem. Tudo de bom para todos os colaboradores, leitores e seguidores do Domínio de Bola. Que a bola (como a vida) continue a ser dominada com toda a intensidade e vontade por todos vocês.