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O Futebol à distância de um clique

Prato do dia: erros de palmatória

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Escrito por: Cláudio Moreira

 

O FC Porto anda fraco, a jogar mal e a não conseguir resultados satisfatórios. Como se isto não fosse suficientemente mau, jogo após jogo acumulam-se erros individuais defensivos (in)dignos de jovens que ainda nem sonham com a puberdade. Face a estes desleixos consecutivos, é imperioso que alguém ponha cobro de uma vez por todas a esta situação miserável.

O mais intrigante em toda esta problemática não é os erros não deixarem de se suceder. Não, a meu ver, o maior alarmismo prende-se com o facto de os erros serem transversais a todos os elementos que compõem o quarteto (ou quinteto, se contarmos com Helton) defensivo. Não há quem se safe. Não há um que ainda não tenha provocado evitáveis calafrios indesejados aos adeptos.

Helton já facilitou, como é seu timbre, na Liga dos Campeões por mais do que uma vez, Mangala estendeu a passadeira a um jogador do Belenenses, Alex Sandro finta constantemente em espaços proibitivos, Danilo mostra pontaria a mais quando despeja uma bola e larga-a nos pés do adversário, Otamendi aparvalha de todas as formas e feitios e o seu suplente, o brasileiro Maicon, não quis ficar atrás e com Académica lá deu uma abébia que me fez largar uma série de palavrões seguidos. Peço desculpa, mãe do Maicon (e às outras que eu enxovalho a cada fim-de-semana, mas a culpa é dos vossos filhos!).

Posto isto, qual é a ilação que tiro desta embrulhada em que o FC Porto está metido? É fácil de explicar. Eu depreendo que os treinos de Paulo Fonseca são i) mal orientados, com exercícios inadequados às características dos jogadores e os treinadores prestam pouca atenção às inúmeras falhas defensivas que têm acontecido ou ii) são levados com pouco empenho pelos jogadores, sobretudo por aqueles com incumbências defensivas; não se esforçam, executam mal o que é pedido pela equipa técnica e mostram pouco comprometimento com a sua profissão. Seja qual for o caso, não estou lá dentro para averiguar o que se passa, parece-me claro que algo vai mal no reino do Dragão.

Não tenho muita experiência de balneário nem de como funciona a relação treinador/jogador, mas quer-me parecer que os jogos são o reflexo dos treinos. Se treinas bem, o jogo corre bem, se treinas mal, o jogo corre mal, independentemente do resultado alcançado, que é sempre imprevisível. Chama-se a isso ter consistência, haver uma coerência nos processos, saber qual a missão individual e colectiva para cada partida. E esta meta parece-me muito longe ainda de estar apreendida pela maioria do plantel portista.

Esta teoria vem também a propósito de algo que vem cada vez mais à memória. O leitor lembra-se qual foi a justificação de Pinto da Costa para a escolha de Vítor Pereira como treinador da equipa? Para além de ser o treinador adjunto e aquele que melhor conhecia o plantel, o presidente referiu que apreciava sobremaneira os treinos que Vítor Pereira dirigia. E agora pergunto: quantos erros infantis foram cometidos em dois anos pelos seus jogadores? Pois, bem menos do que aqueles cometidos pelos comandados de Paulo Fonseca em apenas dois meses. Dá muito que pensar…

 

Nota 1: Diz-se por aí que o Sporting vai lançar no seu jornal oficial uma série de artigos a ressuscitar o Apito Dourado, que eclodiu há sensivelmente uma década. Se ainda restavam dúvidas, aqui fica mais uma prova de que a santa aliança lisboeta continua vivinha da Silva e que Duarte Gomes não a conseguiu romper. Resta dizer que desde que este caso veio a público, ou seja, desde que o futebol está, como diz o outro, ‘limpinho, limpinho’, o Sporting conseguiu conquistar o magnífico número de 0 campeonatos, o Benfica 2 e o FC Porto 8.

Nota 2: Bruno de Carvalho foi recentemente de visita à China. Espero bem que o presidente sportinguista tenha ido homenagear o antigo árbitro Mário Luís. Ai, perdão, o clube da elite não tem podres nem telhados de vidro! Aliás, o Howard King confirma isso mesmo… Oops, outra vez, que cabeça a minha! Ainda me acontece alguma coisa por dizer estas heresias e, quem sabe, um dia destes ainda sou detido pelo Paulo Pereira Cristóvão…


 

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