Porto Sentido: Pontapé de saída
2 min readPrimeiramente, dizer que esta minha colaboração com o site Domínio de Bola é mensal, procurando, ao longo das opiniões enviadas, abordar os mais variados aspectos do fenómeno desportivo em Portugal, e não necessariamente só o futebol. Convém ainda deixar claro que todas as opiniões aqui expressas só veiculam o signatário e nunca os mentores da página.
Dizer, ainda, que a aceitação deste convite ficou condicionada pelos nomes que seriam meus companheiros de “opinião”. E se por parte do Sporting não conheço pessoalmente o Pedro Górgia, o mesmo não posso dizer do representante do Benfica, o meu querido amigo Bruno Costa Carvalho. Com isto tenho uma certeza: estas semanas de “palavras escritas” serão efectuadas com galhardia e educação, pelo que fica desde já o aviso à navegação – qualquer “deslize” para ofensas pessoais e fuga às mais elementares regras da educação, será o fim da minha colaboração.
Bem-vindos, Bruno Carvalho, Pedro Górgia e demais comentaristas.
O FC Porto comanda a Liga NOS ao fim de oito jornadas realizadas, apresentando bom futebol colectivo, ofensivo com o melhor ataque (19 golos) e defensivo com a melhor defesa (3 golos), com uma excelente condução de Sérgio Conceição.
Olhado por muitos, portistas incluídos, como uma aposta de dúvida, conseguiu no discurso inicial vincar ao que vinha: “Não venho para aprender, venho para ensinar”.
Soube, perante as dificuldades financeiras por que passa ao FC Porto, agregar um naipe de jogadores, que pode ser escasso para todas as provas em que o clube participa, mas que com uma gestão cuidada tem vindo a cumprir os objectivos a que o treinador se propôs.
Recuperou jogadores ligados ao clube, mas que outros treinadores, pelas mais variadas razões, fizeram sair do clube.
Marega, Aboubakar, Reyes, Sérgio Oliveira, Hernâni, Fabiano, Ricardo Pereira ganham nova vida nas “mãos” de Sérgio Conceição, tornando-se imprescindíveis neste novo FC Porto, que vai conseguindo passar as etapas que exteriormente lhe colocam os críticos mais exigentes.
Como o treinador portista afirmou: “Agora depois de oito jogos no campeonato, acho que não tenho mais testes. Tinha o teste do primeiro encontro, depois tinha o teste do Braga, o teste da Champions, o teste em Vila do Conde. Acho que fui passando. Tenho sido um bom aluno”.
Será que é assim? Será que apesar da melhoria evidente no futebol praticado, na dinâmica que os dragões exibem jogo a jogo, ainda haverá “velhos do Restelo”?
Não houve contratações, não haverá muitas certamente em Janeiro, mas os objectivos estão intactos em todas as provas.
“Não basta dar os passos que nos devem levar um dia ao objectivo, cada passo deve ser ele próprio um objectivo em si mesmo, ao mesmo tempo que nos leva para diante.” – Johann Goethe
Autor: Bernardino Barros