13 minutos: Mesmo já queixoso, Marega faz um sprint, um último sprint… É substituído e é ovacionado. Entra o sempre esforçado, mas nem sempre competente, André André e entra também a bola na baliza, pela primeira vez, pelo pé de Herrera, esse mesmo que tantas vezes parece uma peça solta de uma engrenagem que não tem espaço para ele. O sprint de Marega deu um canto. O canto deu um golo.
22 minutos: José Sá voa, voa, voa e tira o pão da boca a Forsberg. A sua titularidade não é caso nem obra do acaso.
48 minutos: Porque nestes jogos tem que haver sempre um balde de água fria. Timo Werner apresenta os créditos que o colocam já na alta roda dos craques europeus. Mas é preciso muito mais que um baldito para gelar a chama deste Dragão, que navega num imenso Mar Azul.
62 minutos: Alex Telles (que mais tarde iria ver o seu sangue derramado) afinou o azimute e enviou a bola com selo de golo para a cabeça de Danilo. Sim, o tal que, segundo consta, está longe da qualidade da época passada e ainda não se adaptou à táctica de Sérgio Conceição. Danilo faz o 2-1 para o Porto e, com aquela cabeçada certeira, começa a dar a volta à cabeça de muita gente. 2-1 para o Porto, como na final de Viena, também contra alemães.
70 minutos: é agora Corona que se lesiona. Sérgio Conceição chama Maxi Pereira. Confesso: sou daqueles que nunca viram com bons olhos a sua contratação. Mas Aboubakar foi generoso e meteu-lhe a bola “a jeito”. Maxi não perdoou, para talvez ser finalmente perdoado por mim e tantos outros portistas.
3-1. Resultado final. Júbilo no Dragão. O Porto europeu está aí. Precisa ser maturado, mas está aí.
Há jogos que têm tudo para serem épicos. Quem é portista já viu muitos desses jogos. Quem acompanhou o Porto vs. Leipzig da noite passada viu mais um daqueles que nunca são esquecidos, como a final de Viena ou os 5-0 ao Werder Bremen. Sim, porque nem sempre, no final, ganha a Alemanha.
Autor: António Pinheiro