Antes do que verdadeiramente interessa, um abraço à comunidade que domina a bola, talvez melhor que o senhor que dá título a esta minha primeira aparição.

A semana passada ficou marcada pela estreia em jogos importantes de dois jogadores que ocuparam as balizas dos dois maiores clubes portugueses, José Sá e Svilar. O primeiro é um rapaz português de estilo excêntrico e o segundo um menino acabado de sair das escolinhas de formação do colosso europeu Anderlecht. O rapaz português de larga barba foi posto à prova frente ao vice-campeão alemão e, por azar, no primeiro golo deixa escapar uma bola para a frente, ainda faz uma defesa, mas foi incapaz de parar o terceiro remate dos alemães. Teve José Sá culpa no golo? Óbvio, nunca mais havia de jogar um minuto no FC Porto, não tem qualidade, é muito inseguro, tem a barba grande.

O menino do acne, o menino que vai ser o melhor do mundo daqui a uns anos (já se esqueceram do Ederson) entrou pela baliza dentro (bola pesada?) e, coitadinho, foi um mero erro próprio da idade, acontece aos melhores, tem coragem em sair dos postes (grande José Mourinho, és um brincalhão).

Esta diferença de tratamento de todo um país em relação a duas situações semelhantes é digna de um thriller à moda do Tarantino e, já agora, aproveitavam o nome de um dos seus melhores filmes: Sacanas sem Lei.

Este passado fim-de-semana assistimos a um atropelo da equipa liderada por Sérgio Conceição em mais um jogo marcado pelas grandes exibições de Ricardo e Moussa Marega. Mais do que os dois golos marcados, aquele sprint para vir cortar a bola quase na grande área portista foi digno do tributo que recebeu aquando da sua substituição.

Um dia depois, não muito longe do jogo atrás referido, assistimos também não a um, mas a dois atropelos. O primeiro foi logo a nomeação do senhor do apito. Em campo estavam duas equipas vermelhas, num estádio de cadeiras vermelhas e claro que tinha de haver alguém que não podia destoar. O segundo atropelo é aquele carinho do jogador Jonas ao jogador da equipa da casa. Quem viu Jonas a dar aquele carinho e não marcar falta, devia dedicar-se a outra modalidade – dou um exemplo: Fórmula 1.

Finalizando, uma palavra de apreço aos Dragões de Ouro e uma em especial ao funcionário do ano. Dou uma dica: em vez do dragão de ouro, porque não um Ferrari? Mas de certeza que Francisco J. Marques não o quereria vermelho.

Autor: Paulo Costa

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