A notícia é avançada pelo Diário de Notícias que dá conta de que o relatório da Polícia Judiciária a que o DN teve acesso fala em “fortes indícios” da prática de crime fiscal, mas não apontam para usos de verbas para pagamentos a terceiros, alegadamente árbitros.
Os advogados do SL Benfica defendem assim, que nada foi provado em cinco anos de investigação.
Os advogados do clube encarnado pedem o arquivamento, ou no mínimo a suspensão do denominado processo “Saco Azul”, que alegadamente serviria para pagar “favores” a terceiros, nomeadamente árbitros de futebol. Esta prática poderia resultar numa eventual descida de divisão do clube da Luz, no caso de ser provado em tribunal.
“A PJ refere nas suas conclusões que as verbas alegadamente resultantes de “negócios simulados” teriam sido canalizadas para a constituição do denominado “saco azul” que se “presume ser utilizado para efetuar pagamentos não documentados”. A PJ conclui apenas que “foram recolhidos fortes indícios da prática do crime de fraude fiscal qualificada” por parte dos arguidos Benfica SAD, Benfica Estádio, nas pessoas do então presidente Luís Filipe Vieira, Domingos Soares Oliveira (administrador da SAD) e do então diretor financeiro Miguel Moreira que, de acordo com as conclusões da PJ, “gizaram um plano criminoso, assente na imputação fictícia de custos às referidas sociedades”. E para isso, aponta o mesmo documento, “contaram com a colaboração” da empresa Questão Flexível, Lda e do seu sócio-gerente José Bernardes, bem como dos arguidos José Raposo e Paulo Silva, tendo alegadamente sido celebrados contratos de prestação de serviços, que “permitiram uma imputação fictícia de custos que ascendeu a pelo menos €€2.265.660,00 euros”.” pode ler-se na notícia do DN.