O passado fim-de-semana trouxe-nos uma agradável surpresa. O Benfica jogava frente a uma muito elogiada equipa do Belenenses e, recordando o sucedido nas três anteriores jornadas, a tarefa não se afigurava nada fácil. Mas essa possível apreensão só durou até à cabeçada de Mitroglou. Depois o jogo materializou-se numa vitória tranquila, por números expressivos, com boa qualidade de jogo e com a equipa mais segura.

Passamos de equipa mediana a vencedores de todas as provas? Não. E é isto que temos de perceber. Foi isto que o jogo de ontem com o Astana veio provar (aqui, as coisas não fluíram da mesma maneira e nota-se que a confiança só chegou com um primeiro golo.). Não é pela derrota em Arouca, ou pelas más exibições que os alarmes devem soar, nem deve ser por exibições como a da passada sexta-feira que devemos ficar de peito feito e pensar que vencemos todos os adversários pelo mesmo resultado. Numa fase tão precoce da época, deve-se ter a capacidade de saber que ainda é cedo para tirar ilações efectivas como “vamos lutar pela Liga Europa este ano” ou “isto não falha, vamos ser campeões”. Nesta fase inicial pode-se, sim, apontar situações do imediato, como por exemplo, a notória falta de tranquilidade e, até, de capacidade para superar o Arouca ou a constatação que após a paragem do campeonato a equipa surgiu mais confiante nas suas capacidades, com uma maior qualidade e segurança nas várias fases do jogo. Se antes não estava tudo mal, agora também não está tudo perfeito. Ainda falta afinar muita coisa, principalmente no meio-campo (tanto defensivamente como ofensivamente), da mesma forma que a dupla Gaitán e Jonas nos podem dar muitas alegrias. No fim desta fase intensa de jogos, que se iniciou sexta-feira e terminará dia 4 de Outubro frente ao União da Madeira, com Astana, FC Porto, Paços de Ferreira e Atl. Madrid pelo meio, poderemos, aí sim, fazer uma análise mais assertiva do que esta temporada nos pode trazer.

Somos livre de criticar a nossa equipa e o que se passa nela, não deixamos de ser mais ou menos adeptos por fazê-lo. Devemos é criticar construtivamente, como tento sempre fazer, e não de uma forma gratuita ou descabida, sob pena de cairmos no ridículo.

Vamos seguir jogo a jogo, sempre com o foco em vencer. Mais importante que uma boa exibição, ganhar é o objetivo primordial. A equipa precisa de estar confiante para “carburar”. Acreditemos nos nossos jogadores e acreditemos na nossa equipa técnica. Somos apaixonados, exigentes e sabemos apoiar a equipa. Que nesta série exigente não falte apoio mesmo quando as coisas correrem mal, de modo a que nos possamos corrigir e ser mais fortes. Mais para a frente, cá estaremos para voltar a analisar com mais rigor esta primeira fase de campeonato e Liga dos Campeões e o que isso significará para a restante época.

 

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