Escrito por: Duarte Pernes

Bem se pode dizer que o campeonato que acabou de terminar ficou marcado por uma originalidade que o distinguiu de todos os outros e que, provavelmente, não se verá repetida nos anos mais próximos. Manda a tradição – e a matemática também, já agora – que as contas se façam no fim e, mediante o número de pontos conquistados, se encontre o vencedor da prova mais importante do calendário futebolístico em Portugal. Pois bem, aquilo que realmente surpreendeu foi que, desta feita, existiram dois campeões: um festejou na Madeira, à 27ª jornada, o outro em Paços de Ferreira, à 30ª.

Vamos por partes e comecemos pelo princípio, ou melhor, por aquele que se sagrou campeão mais cedo. Com a vitória retumbante nos Barreiros, frente ao C.S. Marítimo, o S.L. Benfica celebrou a conquista de mais um campeonato para o seu historial. Os pupilos de Jorge Jesus estão inequivocamente de parabéns até porque, numa prova tão equilibrada e competitiva, atingir o título quando ainda restavam três jornadas por disputar e a vantagem sobre o segundo classificado se resumia a quatro pontos, é obra.

Já o F. C. Porto precisou de transpirar um pouco mais, pois o triunfo dos dragões apenas foi atingido, como acima referi, na última jornada. O conjunto de Vítor Pereira foi humilde, trabalhador e aproveitou bem o altruísmo benfiquista que, após ter carimbado o título, deixou que os dragões se juntassem aos festejos. Do encontro na capital do móvel lamenta-se apenas o procedimento do Paços de Ferreira em relação à organização da venda de ingressos (que o Cláudio Moreira já aqui relatou), mas nada que tenha beliscado o fervor da festa azul e branca. 

 

Fazendo a comparação entre os dois campeões de 2012/2013, aquilo que facilmente se conclui é que os encarnados lideraram na nota artística, nos lances galácticos e na classe e magia puras. O F.C. Porto, claramente fragilizado e desacreditado, limitou-se a fazer mais pontos. 

 

 

Saudações

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