O presidente da La Liga, Javier Tebas, concedeu uma extensa entrevista à edição desta quarta-feira do jornal francês L’Équipe, na qual não poupa nas críticas tecidas à política financeira seguida pelo Paris Saint-Germain, ao longo dos últimos anos.
Na ‘mira’ do líder do organismo que rege os escalões profissionais do futebol espanhol esteve, particularmente, a renovação contratual assinada por Kylian Mbappé, no passado mês de maio, que, de acordo com os relatos oriundos de terras gaulesas, poderá envolver um investimento de até 630 milhões de euros ao longo dos próximos três anos.
“Sabíamos que, para Mbappé ficar no PSG, teria de ser muito bem pago. Mas, conhecendo Al-Khelaifi, não me parece muito… Ele não conhece limites para cumprir os seus objetivos. O PSG e Al-Khelaifi demonstraram que o dinheiro não é problema. Se tivessem de pagar mais 200 milhões de euros a Mbappé, tinham pago”, atirou.
“Nas seis ou sete últimas temporadas, o PSG perdeu mil milhões de euros. Eles romperam o ecossistema do futebol europeu. Como é que os outros clubes podem competir com alguém que perde mil milhões de euros?”, prosseguiu.
Nesse sentido, Javier Tebas pede à UEFA (que já multou os parisienses em dez milhões de euros por violação dos regulamentos do fair-play financeiro, podendo esta verba ascender aos 65 milhões de euros) que aja em conformidade.
“Dez milhões de euros, para o PSG e para o Nasser, é um café! As sanções devem ser mais dissuasivas e afetar também os atletas. Aquelas que foram aplicadas não o são. Estas sanções progressivas não funcionam. Temos de os sancionar já”, rematou.