O onze da 29.ª jornada da Liga NOS 16/17 eleito pelo DomíniodeBola:

GR | Vaná (Feirense): Começou inseguro ao não sair da melhor forma a uma bola bombeada, mas depois do susto embalou para uma prestação de sonho, num dos três palcos com maior visibilidade no campeonato. Fez um jogo em crescendo: primeiro, negou o golo aos remates de Alex Telles; depois manteve a baliza a salvo dos remates perigosos de Otávio e Rui Pedro; o melhor ficou guardado mesmo para o fim – Maxi quis vestir a capa de herói com dois cabeceamentos fortes, mas o guardião brasileiro foi gigante e voou para manter o clean sheet.

DD | Patrick (Marítimo): Diz-se que o Benfica pretende contratar este jogador para a próxima temporada e, pela amostra deste jogo, leva boas referências. O jogador brasileiro teve uma actuação bastante positiva, destacando-se pelo pendor ofensivo que imprimiu ao jogo dos insulares. Sempre com a quinta velocidade engatada, Patrick assistiu Raúl Silva para o segundo golo do Marítimo e, num remate meio enrolado, acabou por também assistir, ainda que acidentalmente, Keita para o terceiro tento.

DC | Victor Lindelof (Benfica): Depois de Lisandro López no Dragão, mais um central do Benfica com toque de Midas numa bola parada. O defensor sueco, para surpresa de (quase) toda a gente, arrancou um grande remate no clássico que deixou Rui Patrício de joelhos desamparado. O golo valeu a permanência no primeiro lugar, mas o central evidenciou-me também nas suas tarefas naturais, pois foi invariavelmente um obstáculo que Bas Dost, a maior ameaça sportinguista dentro de área, não conseguiu derrubar.

DC | Raúl Silva (Marítimo): Tem formado com Maurício uma dupla de centrais goleadora e evidenciou novamente essa faceta no último jogo. Perante um Belenenses ainda a assimilar as ideias do novo treinador (Domingos Paciência), o central brasileiro virou figura da partida ao marcar dois golos, beneficiando de alguma letargia dos adversários. No campo defensivo, não virou a ara à luta, como é seu timbre, e controlou bem as movimentações de Maurides.

DE | Rafa Soares (Rio Ave): Já começam a esgotar os adjectivos para classificar a temporada deste lateral, sobretudo nesta segunda metade, pois é o jogador que soma mais nomeações para o onze da jornada. Frente ao Arouca, o jovem lateral tornou a ser decisivo ao embalar a sua equipa para um resultado confortável. Participou em dois dos três golos – primeiro, forçou Jubal a introduzir a bola na própria baliza e, depois, cruzou atrasado para Tarantini fazer o gosto ao pé.

MC | André Leal (Paços de Ferreira): É um dos bons médios da nossa liga e, quem sabe, se voos mais altos não estarão já à sua espera a curto prazo… Tem sido, a par de Welthon, o elemento mais regular dos castores e demonstrou toda a sua qualidade perante o Sporting de Braga. Assistiu de forma primorosa para o primeiro golo e depois mostrou que também sabe bater livres, ao desfeitear Matheus com um remate em folha seca colocadíssimo.

MC | Eduardo Teixeira (Estoril): Teve a difícil missão de substituir Mattheus, mas revelou-se mais do que capaz para levar avante essa tarefa. O médio emprestado pelo Fluminense emparelhou no meio-campo com Diogo Amado e foi vê-lo a recuperar bolas em catadupa, impedindo que o Vitória de Setúbal armasse o seu jogo. Para dar ainda mais brilho a esta prestação, o centrocampista canarinho marcou o último golo da partida, naquele que foi o seu primeiro golo ao serviço do Estoril.

ED | Gil Dias (Rio Ave): Está aqui mais um diamante por lapidar para Leonardo Jardim. O jovem extremo confirmou mais uma boa prestação diante do Arouca, dando água pela barba à defensiva contrária, sobretudo a Hugo Basto. Foi dos seus pés que saiu a assistência para o segundo golo da noite – marcado por Krovinovic – e mais algumas jogadas de muito perigo; numa delas, flectiu para o meio, ultrapassou alguns oponentes e disparou à trave. Merecia melhor sorte.

EE | Hernâni (Vitória de Guimarães): Está a atravessar um grande momento de forma e a dar sinais claros de que tem qualidade para pertencer ao plantel do FC Porto, clube que o cedeu aos vimaranenses. Para além das já habituais ziguezagues a desbaratar os laterais que lhe apareciam na frente, voltou ao registo decisivo: participou no tento inaugural da equipa e, à trivela, enganou Vágner e selou mais um triunfo para a sua equipa. E já lá vão 11 golos na temporada…

AV | Luiz Phellype (Paços de Ferreira): Naquela que terá sido uma das exibições mais agradáveis dos pacenses durante toda a época, o avançado brasileiro foi a principal figura de destaque. Privado de Welthon – o melhor marcador – por lesão, foi o compatriota, contratado no mercado de inverno, a resolver a partida. Fez o primeiro golo, em que só teve que encostar, e, mais tarde, sentenciou a partida (e o destino de Jorge Simão…) ao marcar de grande penalidade o 3-1 final.

AV | John Murillo (Tondela): Não fez qualquer golo ou assistência, mas fez muito para merecer a distinção como um dos melhores atacantes da jornada. Num duelo de aflitos frente ao Nacional, o jogador emprestado pelo Benfica foi o motor da equipa e foi dos seus pés que saíram os momentos de maior perigo por parte dos tondelenses. Teve uma oportunidade clara de marcar, perto da meia hora de jogo, mas Adriano Facchini negou-lhe essa intenção.

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