Onze da Jornada 28 – Liga NOS 16/17
O onze da 28.ª jornada da Liga NOS 16/17 eleito pelo DomíniodeBola:
GR | Marafona (Braga): Quando as coisas queriam dar para o torto, foi o guardião bracarense quem puxou dos galões para garantir que os minhotos saíam de Santa Maria da Feira com a vitória no bolso. Em duas ocasiões negou o golo do empate aos fogaceiros, nomeadamente a Etebo. No primeiro lance de perigo sacudiu para canto; no segundo, defendeu o penalty do extremo nigeriano e contribuiu decisivamente para a obtenção dos 3 pontos.
DD | Victor Garcia (Nacional): Fustigado por algumas lesões que não permitem que actue de forma consecutiva, o lateral venezuelano vai fazendo uma época regular, apesar de os resultados da equipa não serem os melhores. Na partida frente ao Estoril, o jogador cedido pelo FC Porto teve uma boa prestação, não se cansando de auxiliar os colegas no ataque. Numa das investidas, já perto dos 10 minutos finais, assistiu Zizo para fazer o único golo do jogo e trazer para a Madeira três pontos fundamentais na luta pela manutenção.
DC | Marco Baixinho (Paços de Ferreira): Actua no centro da defesa, mas tem a sobriedade suficiente para ter a bola nos pés e ser ele próprio o primeiro homem da fase de construção. Numa dessas ocasiões, levou a bola até onde pôde e os colegas trataram de inaugurar o marcador. Do ponto de vista defensivo, foi o animal competitivo do costume, varrendo todas as ameaças que caíam dentro da sua área de jurisdição. Sem culpa no golo sofrido pela sua equipa.
DC | Willy Boly (FC Porto): É caso para dizer: alguém sentiu a falta de Iván Marcano? O central francês contratado ao Braga no início da temporada, e habitual suplente, cumpriu a sua função perante um Belenenses pouco assertivo na construção ofensiva. Certinho nos cortes e bolas divididas, o defensor foi uma parede em que Abel Camará bateu sucessivas vezes. No ataque, assistiu na perfeição o colega Felipe, mas este deslumbrou-se e atirou a bola quase para fora do estádio.
DE | Djavan (Braga): Numa vitória que saiu cara aos arsenalistas, o lateral brasileiro foi exemplo de comprometimento e espírito de sacrifício. Conhecido pelo pendor ofensivo que imprime, foi na retaguarda que mais se sentiu a sua influência. Fazendo uso da velocidade e da estatura, Djavan foi um obstáculo intransponível para os atacantes do Feirense. Ainda assim, não deixou de apoiar o ataque e os jogadores do Feirense tiveram que recorrer algumas vezes à falta para parar os avanços pelo corredor esquerdo.
MC | André Santos (Arouca): Terminou com a série de maus resultados da sua equipa. Servido por Kuca, foi num remate oportuno à entrada da área que o médio formado no Sporting empatou a partida e quebrou um ciclo de sete derrotas consecutivas. Além do tento obtido, o trinco foi a figura de proa do meio-campo arounquense, ao estabilizar uma equipa moralmente derrotada, servindo de tampão às iniciativas dos atacantes do Paços de Ferreira.
MC | Hurtado (Vitória de Guimarães): Terminou o jogo com apenas um golo marcado, mas poderia ter tido mais influência directa no marcador caso os colegas tivessem mais pontaria. Numa partida em que exibiu toda a sua qualidade técnica pelo corredor central, o internacional peruano foi o maestro de inúmeras jogadas que os companheiros insistiram em não tirar proveito. Saiu desgastado, mas com certeza orgulhoso pela exibição alcançada.
ED | Bruno César (Sporting): Realizou provavelmente uma das partidas mais bem conseguidas com a camisola dos leões. Começou a partida a visar a baliza com um remate colocado, mas foi no departamento das assistências que se destacou, sendo Bas Dost o único cliente: forneceu dois passes açucarados para o avançado holandês encostar e sofreu a grande penalidade que Dost converteu. Está em boa forma e parece ter agarrado o lugar no quarteto ofensivo sportinguista.
EE | Yacine Brahimi (FC Porto): Repete a nomeação para o melhor onze da jornada e bem merece esta distinção novamente. Perante um Belenenses que se colocou a maior parte do tempo ‘na retranca’, foi o médio ofensivo argelino quem rompeu mais vezes pelos flancos em busca dos golos. Em concreto, ganhou a falta – que ele próprio bateu – que resultou no primeiro golo portista e sofreu a falta dentro da área, cometida por Domingos Duarte, que ele mesmo se encarregaria de transformar em golo. Está numa das melhores fases desde que chegou ao Dragão.
AV | Bas Dost (Sporting): “Ora dá cá um e a seguir dá outro / Depois dá mais um que só dois é pouco”. Estes versos popularizados por Herman José assentam que nem uma luva ao ponta-de-lança holandês. Numa luta acesa pela Bota de Ouro, o melhor marcador do campeonato fez mais três e igualou Messi no topo dos marcadores das ligas europeias. O hat-trick foi alcançado através de golos com relativa facilidade, mas teve o mérito de estar no sítio certo à hora certa. Foi ainda muito solícito para com os colegas em algumas jogadas e podia ter feito mais golos.
AV | Mitroglou (Benfica): Num jogo relativamente pouco conseguido do ponto de vista colectivo, o avançado grego teve o discernimento de contribuir decisivamente para mais uma vitória. Solicitado num livre de Pizzi, Mitrogolo, como é conhecido na Luz, cabeceou como mandam as regras e selou um triunfo muito importante para as contas dos encarnados. Dispôs ainda de mais duas oportunidades para facturar, mas não conseguiu bater Makaridze.