O onze da 26.ª jornada da Liga NOS 16/17 eleito pelo DomíniodeBola:

GR | Bruno Varela (Vitória de Setúbal): Se se avaliar a exibição do jovem guarda-redes pelo número de defesas ou a espectacularidade delas, dificilmente estaria incluído nos melhores desta semana. Contudo, o ex-jogador do Benfica foi muito mais do que um simples guardião. Além do trabalho que lhe é inerente – e que executou com de forma segura -, foi um foco de instabilidade com as constantes paragens, levando adeptos e jogadores portistas ao desespero e impedindo uma resposta mais eficaz dos dragões.

DD | Bruno Santos (Paços de Ferreira): Absolutamente intransponível! Quem passava por aquele flanco invariavelmente ia de encontro a uma parede em forma de jogador. O lateral brasileiro venceu praticamente todos os duelos individuais e foi uma preciosa ajuda na manutenção do nulo perante o Benfica. Aventurou-se pouco no ataque, mas trabalhou imenso em prol do colectivo e secou os talentosos Zivkovic e Rafa.

DC | Gégé (Paços de Ferreira): Combinou na perfeição com o seu colega Marco Baixinho e produziu uma exibição imaculada. Destacou-se sobretudo no jogo aéreo, mas também sujava os calções com cortes de carrinho quando era necessário. Anulou por completo os avançados benfiquistas e não permitiu que houvesse muitos remates dentro da área. Demonstrou que, chegado no mercado de inverno, caiu que nem uma luva na equipa dos castores.

DC | Fábio Cardoso (Vitória de Setúbal): Se Bruno Varela chateou pelas interrupções em catadupa, o central também aborreceu os portistas, mas por motivos diferentes. O defensor, também da formação do Benfica, vestiu a pele de um elemento da brigada de minas e armadilhas e desarmou todas as ameaças que os portistas intentaram para chegar ao segundo golo. Com inúmeras bolas a cair dentro da área, o jovem central despachou as encomendas com uma eficácia assinalável.

DE | Alex Telles (FC Porto): Lutou até não poder mais para inverter a situação negativa em que a sua equipa se embrenhou. Empanhadíssimo em mudar o rumo dos acontecimentos, o canhoto brasileiro foi uma locomotiva pelo lado esquerdo e tentou servir os colegas do ataque. Os seus inúmeros cruzamentos e bolas bombeadas para a área não tiveram a conclusão desejada, mas ninguém pode retirar a abnegação que emprestou ao jogo. Prova disso é que perto do final da partida, com a equipa balanceada para o ataque, fez um sprint para travar a investida de Arnold.

MC | Zainadine (Marítimo): Parece estar a adaptar-se muito bem às funções no meio-campo. Habituado a jogar como central e lateral direito, o jogador moçambicano produziu uma exibição muito bem conseguida no sector recuado do miolo. Travou muitas investidas do Arouca, trabalhou imenso para os colegas e foi dos seus pés que saiu o momento alto da partida – desferiu um potente remate, indefensável para Rafael Bracali, que figurará nos melhores da época.

MC | Fransérgio (Marítimo): Importantíssimo na reviravolta perpetrada pelos insulares. O Arouca entrou melhor na partida e colocou-se em vantagem, mas o médio brasileiro quis mudar o final da história. E fê-lo em três momentos decisivos: assistiu Zainadine para o melhor golo da partida, passou pelos seus pés a jogada que deu azo ao confuso segundo golo e, finalmente, recuperou a bola que momentos depois colocaria na baliza adversária, selando o resultado final.

ED | Hernâni (Vitória de Guimarães): Mais uma prestação de grande nível a confirmar a boa temporada ao serviço dos vitorianos. Muito perigoso nos movimentos interiores à procura do potência do pé esquerdo, o extremo português semeou o perigo pela defesa do Rio Ave. Foi pelo lado esquerdo, contudo, que furou o sector mais recuado dos vila-condenses para fazer o segundo golo da partida, numa finalização cheia de classe com a parte exterior do pé canhoto.

EE | Luís Machado (Feirense): Uma exibição para mais tarde recordar. Dinâmico nas acções durante a primeira parte, foi apenas na segunda que materializou a sua importância. Foi o obreiro-mor da remontada, depois de a sua equipa estar a perder por dois golos. Sofreu a grande penalidade que deu origem ao primeiro tento dos fogaceiros, fez o empate no minuto a seguir e a dez minutos do fim cruzou de forma perfeita para Etebo consumar uma das reviravoltas mais vistosas desta temporada.

AV | Rafael Martins (Vitória de Guimarães): Muitos já o apelidavam de contratação falhada, mas o avançado brasileiro, aos poucos, começa a mostrar o porquê de ter sido o escolhido para substituir Soares no centro do ataque. Depois da estreia a marcar na jornada passada, o goleador voltou a picar o ponto num remate fortíssimo, inaugurando o marcador. Além da entrega ao jogo que lhe é amplamente reconhecida, foi de uma assistência sua para Hernâni que o Vitória dilatou o marcador.

AV | Bas Dost (Sporting): Sem dúvida alguma, o jogador mais regular dos leões nesta temporada. Quer a equipa jogue bem ou mal, quer obtenha bons ou maus resultados, raramente o avançado holandês não deixa a sua marca. Neste jornada, foram mais dois tentos, o sexto em apenas duas jornadas, o que eleva para 24 o número de golos na sua conta pessoal. Foi a estrela mais brilhante numa exibição cinzenta da equipa e só uma catástrofe lhe retirará o título de melhor marcador da Liga.

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