Escrito por: Bruno Pinho
O jogo contra o Arouca, após uma paupérrima exibição na Alemanha, deveria ter sido um jogo tranquilo e de clara superioridade frente a uma equipa com poucos argumentos para incomodar uma equipa com a dimensão do Benfica. Mas não foi…e muito longe disso! Foi preciso esperar cerca de 70 minutos para ver o Benfica em jogo.
No onze inicial, a ausência de Enzo era o maior destaque. Jesus optou por recuar Talisca e incluir Derley no jogo dianteiro. Na defesa, Lisandro assumiu o lugar de Jardel e Artur voltou a assumir a baliza (e desta vez bem!). Foi uma primeira parte para esquecer, frente a um Arouca que, surpreendentemente, jogou de igual para igual no Estádio da Luz. Acredito que a prestação deste Arouca na primeira parte, deveu-se sobretudo à péssima atitude da equipa da casa. O Benfica deixou jogar, mais uma vez não controlou o meio campo (o que começa a ser preocupante), não foi agressivo, não criou jogadas perigosas, não existiu fio nem dinâmica de jogo.
Na minha óptica, a péssima exibição na primeira parte explica-se em parte pela superioridade numérica que o Arouca apresentou no meio campo. Uma vez que Talisca não está vocacionado para o trabalho defensivo (ainda não consegui perceber qual é o seu posicionamento ideal), as tarefas de Samaris foram dificultadas (com a agravante de ainda estar numa fase de adaptação), a defesa, por seu turno foi tremendo, dada a inferioridade no miolo, Gaitán também esteve uns furos abaixo daquilo que nos tem habituado… e o que dizer da dupla no ataque? O nosso primeiro remate foi conseguido após os 20 minutos! Muito pobre!
Ainda na primeira parte, Lima foi substituído por Jonas, ao intervalo, Gaitán deu lugar ao Ola John e apesar do inicio da segunda parte também não ter sido brilhante (longe disso, até porque se sentiu desgaste e nervosismo na equipa), notou-se que o Benfica estava mais perigoso e mais decidido em comparecer no jogo. Depois de uma arrancada sublime de Talisca, já no meio campo adversário, o Benfica conseguiu abrir o marcador e por conseguinte, tranquilizar o seu jogo, marcando 4 golos em 15 minutos.
Obviamente, nem tudo foi mau, pois conseguimos a vitória, conseguimos manter a distância para os nossos rivais, numa altura importante da época e sobretudo, temos mais duas semanas para olear a máquina. Samaris, Cristante, Jonas e Lisandro vão ter mais tempo de adaptação à filosofia da equipa e por outro lado, Fejsa não tarda nada e estará recuperado. Temos urgentemente de ser mais competitivos e bem mais agressivos defensivamente. Existem ainda muitas incertezas sobre aquilo que este plantel poderá render, mas acredito que com o entrosamento dos novos jogadores, a resposta da equipa vai ser bem melhor.
Espero que Lisandro seja o jogador que necessitamos para estabilizar a linha defensiva, que Samaris entenda a ideia de jogo da equipa e que consiga demonstrar todo o seu potencial, espero que Cristante cresça para ser mais uma alternativa de qualidade e espero que Jonas consiga ter sucesso no ataque (sinónimo de muitos e muitos golos). O Benfica tem tudo para revalidar o título, resta nos a nós adeptos, apoiar incondicionalmente a equipa. Deixem passar o maior de Portugal!
Os anti-túneis
E nos anti-túneis desta semana:
Acabou-se o choro de Lopetegui! Folgo em saber que Lopetegui, ao fim de 3 jornadas seguidas, deixou de se queixar das equipas de arbitragem. Porquê? Porque ganhou! Confesso que já começava a sentir pena deste senhor. Vamos ver se numa próxima ocasião em que a sua equipa perca pontos, a desculpa não seja a mesma – os árbitros. Talvez Lopetegui me surpreenda e diga que a tal “super equipa” também erra e que o campeonato português não são favas contadas.
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