O médio sérvio Ljubomir Fejsa abriu o coração e falou pela primeira vez sobre a saída do SL Benfica, em janeiro, ao Record.
“Estive no Benfica mais de seis anos – na verdade, seis anos e meio – e não tenho palavras para descrever o que é o Benfica para mim. Todos os jogos, todos os títulos, todos os momentos bonitos foram e são tudo para mim! Tenho mais um ano de contrato, mas em janeiro precisava de sair. Fui para o Alavés, porque queria jogar e aqui não tive a oportunidade do treinador”, regista.
O internacional sérvio recua até final de janeiro de 2019. “Lesionei-me durante um treino, depois da pancada de um companheiro, pouco tempo depois da entrada de Bruno Lage. Fiquei quase dois meses de fora por lesão e tudo mudou. O treinador nunca me viu nos seus planos. Porquê? Não sei, nunca me disse. Falei com ele, mas só disse para continuar com o meu trabalho e que tudo ficaria bem. Mas nunca esteve! Fiquei dececionado, embora tenha dado sempre o meu melhor. Para mim, é tão importante treinar como jogar”, vinca o jogador, surpreendido pelos elogios que recebeu do técnico, quando deixou o Benfica: “Fiquei surpreendido quando ouvi o que disse sobre mim.”
Apesar da frustração de ter jogado pouco desde que Lage chegou ao comando do Benfica, salienta que “o treinador foi e será sempre o homem que decide” e, mesmo não tecendo elogios, não questiona a capacidade daquele para liderar a formação da Luz: “Não tenho muito a dizer, pois não trabalhei com ele muito tempo, mas com certeza que é bom, porque ser treinador do Benfica não é para qualquer um.”
Para Fejsa, a grandeza dos encarnados deve-se também aos adeptos, que classifica como “os melhores do Mundo”. “O Benfica é tão especial, pois estamos sempre com fome de títulos, somos todos uma família, temos o estádio mais bonito e os nossos adeptos são os melhores do Mundo: dão-nos asas e força para lutar.”
O sérvio mantém o discurso. “O oceano não é tão grande como o nosso amor pelo Benfica! O cheiro a Portugal é o cheiro do Benfica! Basta entrar no estádio para sentir isso! A primeira vez que lá entrei, ó Deus, era jovem, mas vim e soube que era ali que ia ter o melhor período da minha vida como jogador.“