“O meu objetivo é ter um dia um lugar no Museu do FC Porto”

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O destaque da revista “Dragões” do mês de novembro vai para Maxi Pereira. O jogador aborda a mudança para o FC Porto, mostrando-se ambicioso quanto aos objetivos pessoais e coletivos. Sem rodeios, o lateral admite que, há uns meses, os portistas nem o podiam ver à frente. Agora é um dos ídolos por quem mais gritam no Dragão.
A minha família está muito feliz no Porto. Sabia mais ou menos como era o FC Porto como clube e equipa, pelo que me contaram alguns colegas, como o Cristian Rodríguez, o Álvaro Pereira, o Fucile… Sempre houve uruguaios a jogar aqui, mas vivê-lo por dentro é algo muito especial. Quando apareceu a oportunidade de vir para cá, comentei com eles (companheiros da seleção) e disseram-me ‘vão gostar muito de ti’, ‘vão apoiar-te’, ‘vai ser um bom clube para a tua forma de jogar’. Tinha esse desejo de fazer parte desta equipa e felizmente concretizou-se”, sublinhou.
Maxi Pereira chegou ao clube depois da Copa América, tendo viajado diretamente para o estágio na Holanda, e admite que há alguns meses não pensava que isto fosse possível.
Os portistas não me podiam ver à frente, porque defendia outra camisola e a rivalidade sempre existiu. Nunca imaginei, é verdade, mas nunca disse que não jogaria aqui. O meu objetivo é ter um dia um lugar no Museu do FC Porto”, contou, garantindo ter tomado a melhor decisão. O FC Porto valoriza-me o que não me valorizou o Benfica em oito anos. Isso para mim significa muito e sinto que tenho de responder a toda a gente que confiou em mim: o presidente, o Antero Henrique, a equipa técnica, os companheiros”, frisou.
Maxi chegou ao FC Porto com 31 anos, mas sente-se um jovem.
Não tenho problemas em correr: até que possa, vou dar o máximo e, quando não puder, deixarei o lugar para outro. É um plantel que está a ganhar confiança e a adaptar-se à ideia de jogo do treinador, que é muito boa… Porém, ainda nos falta corrigir muitas coisas”, admitiu.
O FC Porto empatou com o Braga na última jornada e agora vai à Madeira defrontar o União. O lateral exige empenho.
Perdem-se títulos se não se encararem os jogos da mesma maneira. Alguns jogadores são bons e outros razoáveis: os bons são os que encaram cada jogo como se fosse o último. É nos campos de equipas mais pequenas que se ganham os campeonatos”, lembrou.