Escrito por: Bruno Pinho
Benfica 3 – Moreirense 1: um frente a frente com duas equipas com estratégias opostas, mas que encaixaram demasiado bem durante quase 70 minutos. Apetece me dizer que esta vitória, acima de tudo, foi uma vitória contra o anti-jogo, pois nunca assisti a semelhante performance de uma equipa de futebol (obviamente refiro me ao Moreirense).
Seguindo em frente, foi decididamente um mau inicio de jogo para o Benfica, tal como tinha acontecido com Zenit. O Benfica entrou tão nervoso em jogo que logo no apito inicial entregou a bola ao adversário. O golo do Moreirense surgiu cedo, logo aos 16 minutos, caindo assim como uma espécie de milagre e, verdade seja dita, por uma falha enorme de Eliseu. Perante um adversário bem organizado defensivamente e tacticamente rigoroso, o Benfica criou escassas oportunidades na primeira parte. Destaco também que é notório que Samaris ainda procura a sua integração na táctica de Jorge Jesus, bem como Talisca que está fora da sua posição natural.
Foi necessário alterar o fio de jogo e só na segunda parte, depois de uma insistência de Talisca com a consequente expulsão de um jogador do Moreirense é que o Benfica conseguiu dar sentido único ao jogo e embalou para a vitória conseguindo alterar o resultado. Para isso muito contribuiu a dinâmica ofensiva dos laterais, ao fazerem os golos da reviravolta. O golo de Eliseu foi uma valente bomba do “meio da rua”, servindo de inspiração para a equipa (e que inspiração!), o golo de Maxi confirmou a nossa superioridade. O jogo ainda serviu para o reencontro de Lima com os golos.
À 5ª Jornada somos lideres isolados no campeonato, o que nada quer dizer, excepto que vamos no bom caminho. O Benfica possui uma grande equipa, é de facto competitiva, ao contrário daquilo que muitos disseram antes da época começar. Ouvi na própria imprensa, alguns comentadores a analisar o plantel da equipa da luz e a condená-lo ao 3º lugar. Eu pessoalmente gosto de baixas expectativas (dá mais gozo a vitória no fim, tal como o ano passado) e acredito que com o trabalho e união, temos uma palavra a dizer na revalidação do título.
Os anti-túneis
E nos anti-túneis desta semana:
Pinto da Costa ilibado de acusação de corrupção. Este desfecho já era previsível, após as escutas telefónicas terem sido consideradas ilegais pela justiça civil. A decisão foi tomada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol que desta feita, ilibou o presidente do FC Porto (bem como o árbitro Jacinto Paixão) da acusação de corrupção no jogo FC Porto – Estrela da Amadora, da época 2003/2004.
De adiantar que toda a gente já estava a espera desta decisão. Após Jacinto Paixão ter admitido publicamente os seus actos durante o processo apito final, após o processo estar literalmente parado durante um ano, na secretaria do Tribunal da Relação do Porto, tendo sido prescritos alguns crimes, após as escutas terem sido considerada ilegais (pois do conteúdo das escutas ninguém duvida) e depois da fuga para Espanha, obviamente que iríamos verificar este desfecho. Este foi mais um caso que fez rir muitos portugueses.
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