José Peseiro herda uma equipa triste, com pouca confiança e demasiado presa ao sistema improdutivo de Lopetegui. Uma equipa incapaz de dar a volta a resultados desfavoráveis, que não consegue criar volume de jogo ofensivo suficiente para sufocar os adversários e que entra sempre nervosa e desconcentrada nos jogos contra os maiores rivais.
Rui Barros libertou os jogadores e a equipa jogou um futebol mais vertical neste pós-Lopetegui, mas é preciso um treinador capaz de ajudar estes jogadores a atingir o seu potencial.
Em Guimarães, muitas dificuldades ficaram a nu. O nosso plantel é riquíssimo, mas também tem lacunas: um lateral esquerdo titular que faz muitas assistências mas que não tem um pé esquerdo para cruzar com qualidade e que não é forte a defender (e neste jogo teve muitas oportunidades), um ponta de lança titular em má forma e desarticulado da equipa e a contratação mais cara da história do clube muito longe do que foi antes de ser contratado.
O FC Porto precisa de se reencontrar e José Peseiro tem qualidade para reerguer o clube e conduzi-lo a mais um ciclo de conquistas.
Durante o último par de épocas, muito se tem comentado e especulado sobre o ambiente dentro do clube e da suposta guerra de poder na administração, os negócios e as comissões, mas não entrarei nessa discussão, porque não tenho nenhuma inside information para fundamentar as minhas ideias. A verdade é que Pinto da Costa já tem 78 anos e que uma guerra de poder, interna e externa, se aproxima.