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“O futebol destruiu-me, precisei de dois transplantes”

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Isaac Cuenca, atualmente com 32 anos, concedeu uma entrevista ao jornal catalão “ARA”, na qual falou sobre a lesão que marcou o fim da sua carreira no futebol.

 

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Cuenca, que já atuou ao lado do astro Lionel Messi no Barcelona, vive agora afastado do mundo do futebol e compartilhou algumas reflexões sobre os aspectos desafiadores do desporto. O ex-jogador destacou como o futebol o ensinou que nem sempre as coisas saem como planeamos, e que sempre haverá jogadores melhores. Ele também abordou a questão das lesões e como uma lesão grave afetou profundamente a sua carreira.

“A coisa mais importante que o futebol me ensinou é que nem tudo é como queremos que seja. Se achas que és muito bom, há outro jogador que é melhor. E, se pensamos que somos mesmo bons, talvez nos lesionemos e ninguém nos quer. Isto colocou-me em lugares que nunca esperei e olha para mim, que me reformei aos 30 anos”, realçou.

Em 2019, o ex-extremo espanhol sofreu uma lesão que acabou por obrigar ao término da sua carreira profissional. A lesão era tão grave que ele só podia treinar uma vez por semana e a sua perna incharia após os jogos. Após tentativas médicas, incluindo cirurgias, ele não conseguiu recuperar plenamente e decidiu retirar-se em 2021, enquanto jogava pelo Vegalta Sendai, no Japão.

“Fisicamente, estava no Japão, mas, emocionalmente, estava na Catalunha. Aprendi sobre o mercado de ações, investi durante algum tempo e saí-me bastante bem, costumava ler muito sobre tijolos e argamassa. Sei que agora está na moda fazer ‘coaching’, mas eu não precisava disso, porque a reforma foi libertadora. Depois da última operação, o meu joelho doía-me tanto que deixá-lo ir foi um alívio. Claro que sinto falta do futebol, mas a dor física era tão grande que decidi que já bastava. Queria ter uma vida normal”, referiu.

Após sua última operação a dor física tornou-se insuportável, levando-o a tomar a decisão de retirar-se. Apesar de sentir falta do futebol, ele considerou que deixar o futebol foi um alívio e quis levar a partir daí, uma vida normal.

Cuenca também partilhou um conselho, enfatizou a importância de não se apegar demais a algo, pois isso pode acabar por ser prejudicial. Ele sente que o seu desejo contínuo de se agarrar ao futebol após a sua lesão teve um impacto negativo na sua vida, e que se se tivesse afastado mais cedo, teria evitado muito sofrimento.

Terminou a entrevista afirmando que agora ele sente-se “renascido”.

“Se nos agarrarmos a uma coisa, ela pode acabar por nos destruir. E sinto que foi isso que me aconteceu. Se me tivesse retirado um ano e meio antes, não teria sofrido tanto. Agarrei-me ao futebol e acabei por estragar tudo. Nem sequer consegui competir na Kings League. Agora renasci”, assegurou.

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