Álvaro Magalhães, antigo jogador do Benfica, apela ao «orgulho» dos jogadores Nélson Veríssimo para não permitir que o FC Porto volte a festejar no Estádio da Luz, no próximo sábado, quando a equipa da Luz receber os dragões em jogo da penúltima e 33.ª jornada da Liga.

«Quem está no clube, vai ter de honrar a camisola e o emblema que traz ao peito. O Benfica tem de competir com a mesma determinação e espírito, como se fosse lutar por um objetivo. É claro que vai cumprir calendário, mas os atletas têm de lutar pela vitória, porque é o nome do Benfica que está em causa e não querem que o cetro seja dado de mão beijada ao FC Porto», frisou o antigo internacional que representou o Benfica de 1981 a 1990, em declarações à agência Lusa.

Vencedor de quatro campeonatos, quatro Taças de Portugal e duas Supertaças, Álvaro Magalhães viu um trabalho «muito irregular» de Nélson Veríssimo, que deixou a equipa B, então líder da II Liga, para substituir Jorge Jesus em dezembro de 2021, entre derrotas com o FC Porto nos oitavos da Taça de Portugal (0-3) e na 16.ª jornada da I Liga (1-3).

«Não vamos estar a pensar que eliminámos o Ajax na Liga dos Campeões e tivemos uma boa prestação diante do Liverpool, que dominou essa eliminatória a seu bel-prazer. O Benfica não esteve ao seu melhor nível internamente e acaba por ficar no terceiro lugar, com a desvantagem de ter de iniciar a próxima época mais cedo. Pode ter a infelicidade de surgir um tubarão [nas pré-eliminatórias da Champions] e é sempre difícil», avaliou.

Os encarnados vão disputar a fase preliminar da principal prova europeia de clubes pela terceira temporada consecutiva, tendo um princípio de acordo com o treinador alemão Roger Schmidt, que vai ter de «construir um novo plantel, ficar com os melhores e tentar contratar três, quatro ou cinco jogadores de nível internacional que fortaleçam a equipa».

«Há ótimos técnicos portugueses, mas, nesta fase do Benfica, faz bem a mudança para um estrangeiro, que traga outra mentalidade, estilo de jogo e pensamento. Aliás, o clube teve sempre sucesso com os treinadores estrangeiros», concluiu Álvaro Magalhães, que também coadjuvou o espanhol José Antonio Camacho, vencendo uma Taça de Portugal (2003/04), e o italiano Giovanni Trapattoni, rumo ao 31.º de 37 campeonatos (2004/05).

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