Escrito por: João Pereira
Pois bem meus amigos, depois de uma paragem no campeonato devido a compromissos das selecções nacionais, eis que chega a febre da Liga dos Campeões. Ontem, iniciou-se a fase de grupos da prova futebolística de maior relevo do nosso continente, estendendo-se a primeira jornada até hoje, dia em que o Benfica entrará em acção. E é precisamente disso que vos venho falar hoje, do que o Benfica poderá fazer na edição deste ano da prova europeia.
Comecemos por analisar os adversários. À cabeça surge o todo-poderoso Barcelona, bem conhecido de todos, equipa fortíssima, para muitos a melhor do planeta, recheada de jogadores estratosféricos como Messi, Xavi, Iniesta, Villa, e que nos últimos anos tem espantado o mundo com a sua qualidade futebolística e conquista de um sem número de troféus. O Benfica também é, igualmente, um grande da Europa, contudo, o poderio dos blaugrana é enorme e, depois das perdas fulcrais no meio-campo, do défice na ala esquerda da defesa e do potencial castigo de Luisão, não me parece que possamos evitar o primeiro lugar do Barcelona no grupo e resistir ao seu jogo. No entanto, no Estádio da Luz, podemos, eventualmente, com os apoios dos adeptos e jogando em casa, fazer uma “gracinha”.
De seguida analisemos o Celtic. Os católicos escoceses são uma equipa com bastante tradição na Europa, porém, nos últimos 3/4 anos, tem perdido algum fulgor. Este ano, depois da descida do grande rival Rangers à última divisão escocesa, o Celtic tem estado irreconhecível e tem encontrado grandes dificuldades para chegar ao topo da tabela, estando, neste momento, no 5º lugar do principal campeonato escocês. Ao estilo do futebol britânico, o Celtic aposta muito num tipo de jogo mais físico e a sua defesa é bastante débil. Tem como figuras principais Kris Commons (muita atenção ao remate potente deste jogador), Samaras e Scott Brown. Penso que o Benfica tem mais que qualidade para levar de vencido o Celtic, apesar de que o jogo de hoje, em Celtic Park, num ambiente fantástico, será dificílimo.
Por último surge-nos o Spartak de Moscovo. Os russos, 7º’s classificados do seu campeonato, são uma indefinição. Jogar no frio será, sem dúvida, um obstáculo para o Benfica. No entanto, o Spartak demonstra ser uma equipa bastante inconstante, apesar de contar no seu plantel com jogadores como Jurado, Aiden McGeady, Kim Kallstrom, Diniyar Bilyaletdinov, entre outros. Mais uma vez, à semelhança do que se passa em relação ao Celtic, penso que o Benfica tem qualidade para vencer esta equipa do Spartak.
Apesar de, por um lado, estar esperançado que a equipa fique num dos dois lugares de acesso à próxima fase, por outro, confesso-me um pouco desconfiado. E essa desconfiança advém da falta de soluções no plantel, das opções tácticas que Jesus tem tomado, das lacunas na esquerda defensiva, das saídas de Witsel e Javi Garcia, que tiraram muita capacidade ao meio campo e do facto de Luisão ter sido castigado também nos jogos europeus, ficando o cenário ainda mais negro. A falta de jogadores de calibre e experientes paga-se cara numa prova de campeões como esta. Preparemo-nos para o massacre em Camp Nou e para as dificuldades nos jogos fora. Contudo, acreditemos que os nossos jogadores, com garra, com vontade e sem nenhum desvario táctico de JJ, conseguirão arrancar vitórias em casa e trazer bons resultados fora, principalmente nas visitas a Celtic Park e ao estádio Luzhniki.
A subir: Nélson Oliveira/Nuno Gomes. Duas gerações, muita qualidade. O veterano continua a marcar e assistir em terras de sua Majestade, deliciando os adeptos do Blackburn. O jovem marcou o seu segundo golo pelo Depor, passados apenas 2 minutos de ter entrado na partida.
A descer: O Real Madrid na La Liga. Se a conquista da Supertaça foi excelente, o começo do campeonato não poderia ser pior, uma desilusão.
Até daqui a quinze dias.
Saudações Desportivas.
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