O Ministério Público está a investigar um dos negócios que envolve o Benfica, sob a liderança de Luís Filipe Vieira, devido a suspeitas de crime.
Este caso diz respeito à transferência de Willyan, um extremo-esquerdo que foi oferecido gratuitamente ao Benfica, mas acabou por ser colocado no Vitória de Setúbal. Mais tarde, foi vendido ao Benfica, sem nunca ter jogado pelo clube da Luz, tornando-se num jogador-fantasma que está no centro do processo dos emails.
Segundo o Jornal de Notícias, o Ministério Público suspeita que Luís Filipe Vieira terá feito esforços para colocar o jogador no Vitória de Setúbal sem custos. No entanto, parte do seu passe acabou por ser adquirido pelo Benfica pouco tempo depois, embora o jogador nunca tenha atuado pelo clube. O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) suspeita que este negócio foi um favor concedido pelo Benfica ao Vitória de Setúbal.
Além deste caso, mais duas transferências entre os dois clubes estão sob investigação. O negócio envolvendo o guarda-redes Bruno Varela, que saiu do Benfica para o Vitória de Setúbal a custo zero e regressou ao Benfica no ano seguinte, por uma quantia de 100 mil euros, está a ser analisado. O caso do médio João Amaral, comprado pelo Benfica por 600 mil euros e emprestado ao Vitória de Setúbal, onde permaneceu por uma época antes de ser vendido a um clube estrangeiro por 350 mil euros, também está sob suspeita.
O Ministério Público acredita que estes negócios foram esquemas para favorecer o Benfica de Vieira e aumentar a sua influência no futebol português. Além das suspeitas de oferta indevida de vantagem, o processo dos emails também imputa o crime de fraude fiscal aos arguidos.
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