Melancolia
Melancolia. É o sentimento que paira em mim e pelo que parece nos jogadores do Sporting. O jogo atípico de Setúbal foi o espelho da época do Sporting ao que ao campeonato diz respeito. Uma primeira parte sem garra, sem vontade e sem empenho, onde o “excesso” de agressividade dos jogadores sadinos podia bem ser um motivo para espicaçar os jogadores leoninos a fazerem o mesmo, mas nem isso. Um jogo que espelha as lacunas que venho falando da defesa, onde dois lances saltam logo á vista, Polga entrega a bola a Targino este remata ao poste, Xandão faz o mesmo a Bruno Amaro e este faz o golo (?) á segunda, e as lacunas da frente de ataque onde Ribas por e simplesmente serviu apenas de boneco de pancada para Ricardo “Tyson” Silva. Viu-se um Izmailov a tentar levar a equipa as costas, viu-se um Capel esforçado a fazer o que podia perante um nigeriano que tocou em tudo que mexia menos na bola e pior ainda viu-se muito pouco de Schaars e de Elias. André Gralha conseguiu ser a figura da partida, já que por vezes viu de menos e outras vezes viu de mais, não viu as sucessivas pancadas que Capel levou de Suswam, não viu as agressões físicas e verbais de Ricardo Silva, não viu o penalti escandaloso de Amaro sobre Matias e também não viu a agressão de Bruno Severino a Capel, no entanto, consegue ver um penalti sobre Rubio e viu também Carrillo a agredir (?) Miguelito. Enfim, um árbitro de fraca qualidade que não teve “tomates” para agir quando o devia de fazer. Situações que não justificam o momento que o Sporting atravessa mas que não abonam em seu benefício, antes pelo contrário. A juntar a tanta desgraça ainda temos que levar com uma espécie rara de comentadores televisivos, que não lembram ao Diabo.
Um deram-lhe o nome de João que de Querido não tem nada e Manha tem muita, dizer coisas tais como, “os jogadores do Sporting é que estão a pressionar Suswam”, sobre o lance de Matias, “os jogadores do Sporting estão abusar das quedas na área”, e ainda dizer após jogada fantástica de Capel “Capel abusa destes lances”, resumindo, comentários muito tendenciosos que só fica mal á televisão que representam, no entanto, sabemos que esse senhor é lampião desde pequenino. Contudo, os números que ficaram foram 45 ataques, 9 remates, 9 cantos, 1 penalti e 76% de posse de bola e resultado, ZERO. Sá Pinto está mudado como pessoa, mas sinceramente acho que preferia o Sá Pinto que até “batia na mãe”, para poder realmente transmitir aos jogadores esse sentimento que escasseia para aquelas bandas. Faço votos para que contra o City os jogadores limpem esta imagem de uma vez por todas e que o meu Sporting volte a recuperar a sua identidade.
Fica um vídeo que resume tudo aquilo que disse aqui:
Numa altura em que as saudades destes tempos vão apertando, deixo a foto da equipa que mais me lembrei esta semana.