Um escritório de advogados do Reino Unido contratado por um ativista ucraniano dos direitos humanos endereçou, esta quinta-feira, uma carta aberta à Premier League, na qual insta o organismo a abrir uma investigação ao Manchester City.

O grupo alega que o primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Mansour bin Zayed bin Sultan al-Nahyan, pode estar a usar os campeões ingleses em título para ajudar cidadãos russos a escapar às sanções impostas pela União Europeia.

“Vários oligarcas russos e apoiantes proeminentes e ricos do regime do presidente Putin continuaram a desfrutar, visivelmente, da sua riqueza, ao transferirem as suas riquezas do Reino Unido, dos Estados Unidos, da União Europeia e de outras jurisdições onde estão em curso sanções para estados terciários sem qualquer regime de sanções ou vontade de opor-se ao regime de Putin”, pode ler-se.

“Um dos destinos de maior perfil para os bens dos indivíduos russos sancionados é os Emirados Árabes Unidos, onde o Dubai e Abu Dhabi são, aparentemente, particularmente atrativos para esses indivíduos”, acrescenta a missiva, trazida a público pelo jornal britânico The Guardian.

Este escritório de advogados sublinha que não está a acusar o dono do Manchester City, o Sheik Mansur, de “levar a cabo qualquer conduta deste tipo, que o possa colocar sob a mira do regime de sanções do Reino Unido, mas aconselha que sejam inspecionadas “preocupações legítimas” de eventual “apoio a indivíduos sancionados”.

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