
A crise desportiva do SL Benfica tem vindo a agravar-se e agora com a distância pontual de 15 pontos a separar as águias da liderança do campeonato. Nesta altura, vive-se um clima de guerra fria entre Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus, mas nesta altura e perante os 15 pontos de desvantagem para o Sporting, o líder das águias veria com bons olhos um pedido de demissão do técnico.
A notícia é o grande destaque do jornal Record desta terça-feira. A mesma fonte avança que o presidente benfiquista, de 71 anos, não tomará a iniciativa de demitir Jorge Jesus. Jesus tem contrato até junho de 2022 e despedi-lo seria um encargo que a SAD não quer assumir. No entanto, não recusará uma separação, se Jesus der esse passo. De acordo com as informações, Vieira admite alguma desilusão pelos resultados do projeto estarem muito aquém do esperado, depois de um investimento superior a 100 milhões de euros em contratações. Além dos reforços de verão, a SAD garantiu Lucas Veríssimo no inverno, oferecendo ao treinador o defesa-central que tanto desejava. Vieira, por outro lado, não disfarça o desencanto por a aposta nos valores da formação ter sido abandonada. Tomás Tavares, Florentino e Jota foram emprestados no verão e Ferro saiu em janeiro, para o Valencia. Gedson trocou o Tottenham pelo Galatasaray, na reabertura do mercado. O lateral-esquerdo Nuno Tavares tem sido o mais utilizado, somando 19 jogos, e Gonçalo Ramos, uma das novas esperanças ‘made in Seixal’, tem dez presenças, três como titular.
Vieira empenhou-se pessoalmente na contratação de Jesus, ao ponto de se ter deslocado ao Brasil em julho passado, para garantir o seu regresso à Luz, cinco anos depois de ter saído para o rival Sporting. Os resultado estão longe de agradar, mas o treinador, sabe o jornal, também se sente desiludido, pois considera que não lhe foi cumprida a promessa de ser formada uma superequipa.
Apesar do investimento nunca antes visto, Jesus entende que ficaram por contratar alguns jogadores e posições-chave por preencher. Ainda no final do jogo com o Farense, que terminou sem golos – as águias apenas fizeram dois remates enquadrados com a baliza, num total de 15 –, o treinador queixou-se da falta de “um jogador que meta a bola lá dentro”. Jesus pretendia ainda um médio de características defensivas, tendo pedido ou William Carvalho ou Willian Arão, jogadores com quem trabalhou no Sporting e no Flamengo, respetivamente. Com as negociações por Lucas Veríssimo em andamento (o central custou 6,5 milhões de euros), a SAD não teve meios para satisfazer esse desejo. Afastado das deslocação da equipa desde que recuperou da Covid-19, por indicação médica, Vieira tem estado no Benfica Campus, quase diariamente, acompanhando o plantel e a estrutura do futebol. Mas a relação com JJ já foi mais próxima do que se verifica atualmente.
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