Luciano D’Onofrio recebeu mais de 10 milhões de euros; FC Porto metido ao barulho

A revista belga Sport/Foot Magazine avança na sua edição de hoje com um trabalho sobre Luciano D’Onofrio, empresário que mediou dezenas de negócios por todo mundo, com especial enfoque em Portugal.

 

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O antigo homem-forte do Standard de Liège, recorde-se, foi condenado em Outubro de 2007, pelo Tribunal de Recurso de Aix-en-Provence, a dois anos de prisão (um ano e meio de pena suspensas e meio ano de prisão efectiva), ao pagamento de 200.000 euros e dois anos de suspensão de toda actividade futebolística. Finda a condenação, D’Onofrio não poderia mais exercer a actividade de agente, porém, a Sport/Foot Magazine adianta que intermediou pelo menos doze transferências ou aquisições de direitos económicos.

Ora, desses doze negócios, há já a certeza de que quatro deles se relacionam com o FC Porto. A revista citada baseia-se na contabilidade dos dragões e conta que D’Onofrio terá cobrado avultadas comissões nos negócios de Eliaquim Mangala, Steven Defour, Sinan Bolat e Daniel Opare, todos eles oriundos do Standard de Liège. Há ainda outros oito negócios em que o agente interveio, sem que sejam revelados os nomes.

Em termos de valores, alguns dos negócios renderam 10 milhões de euros a D’Onofrio, sendo que ainda estão por analisar outros, na medida em que pelo menos mais 4 milhões de euros terão sido arrecadados pelo agente.

Para se proteger destas transacções, D’Onofrio recorreu a três empresas de fachada, de quem alegadamente era detentor, situadas em paraísos fiscais: a Robi Plus Ltd (Reino-Unido) entre 2009 e 2012, a Danubio Finanzierungsleistungen und Marketing GmbH (Áustria) entre 2013 e 2015, e a Kick International Agency BV (Holanda) em 2016.

Já em 2010 a SAD do FC Porto foi alvo de buscas no âmbito de uma investigação a Luciano D’Onofrio. Na altura, foi feita uma recolha de documentos relacionados com a empresa International Agency For Marketing, também ela sediada num paraíso fiscal, e que pertenceria ao antigo homem-forte do Standard.

D’Onofrio é um velho conhecido do nosso país. Chegou para jogar no Portimonense em 1977/1978 depois de ter sido preso na Bélgica por tráfico de droga. Foi destituído da nacionalidade belga e passou a deter apenas cidadania italiana. Passou depois a exercer funções de agenciamento e trabalhou nas transferências de César Prates, André Cruz, M’Penza, Horvath e Vinícius, para o Sporting, Michel Preud’Homme para o Benfica e Juary, Paulo Futre, Rui Barros, Demol, Sérgio Conceição, Folha, Moreira e Jorge Costa de e para os portistas.

Mais tarde, em 1998, compraria o Standard de Liêge, na altura extremamente endividado, a meias com Robert Dreyfus, ex-presidente do Marselha. Assumiu o cargo de vice-presidente executivo, embora na prática fosse ele o homem-forte do clube belga.

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