Depois de Jorge Nuno Pinto da Costa ter dado a sua versão dos acontecimentos, Julen Lopetegui concedeu uma entrevista ao jornal Ás tendo como pano de fundo a sua saída do comando técnico do FC Porto.
Sobre a relação de ambos, o basco guarda apenas elogios, embora enfatize que o presidente portista é mal aconselhado:
Tenho uma boa relação com Pinto da Costa, que mesmo no dia em que tomou a decisão me tinha dado o seu apoio. É um grande presidente e um bom homem, embora mal influenciado em alguns momentos. Sei que há uma grande pressão por trás e que tomou uma decisão em que não acreditava, pelo menos a julgar pela forma tão carinhosa como se despediu de mim.
Ainda sobre Pinto da Costa e o facto de ter considerado que Imbula era um Ferrari que não saía da garagem, Lopetegui confidenciou que o médio francês não era uma prioridade para si:
Não dou muita importância ao que disse, sei a opinião dele sobre mim. Mas diria que os carros precisam de um tempo de rodagem. Imbula é um bom jogador e podia ser importante, mas nós tínhamos outras necessidades prioritárias mais importantes para a equipa, que não chegaram.
Ora, essas prioridades passavam, segundo o antigo técnico portista, pela adição de um médio criativo e de um outro avançado:
A verdade é que no verão tínhamos duas prioridades muito claras: um 9 e um 10. Chegaram jogadores que talvez não fossem aqueles que pensávamos que podiam chegar, mas eram jovens, estavam a crescer e na segunda volta tínhamos hipóteses de consolidar o trabalho.
Julen Lopetegui teceu ainda alguns comentários sobre a sua relação com os adeptos, considerando que a comunicação social propiciou a degradação da sua imagem perante os portistas:
A empatia é muitas vezes gerada pelos meios de comunicação sociais. Fui respeitador com todos e muito carinhoso com os meus adeptos. Mas talvez não tenha surgido a ligação. Também é verdade que estava mais preocupado com o meu trabalho diário e em poder estar preparado para cada jogo.