Jorge Jesus fez a antevisão da estreia do campeonato frente ao Tondela, nesta sexta-feira, em Aveiro. O técnico dos leões admitiu, esta quinta-feira, que existe “sempre ansiedade” antes do arranque de um campeonato.
“Há sempre ansiedade, por muita experiência que tenhamos. Não há jogos fáceis em Portugal. Vamos defrontar um adversário que ainda não conhecemos muito bem, mas o bastante para confiarmos nas nossas possibilidades”, afirmou o técnico do Sporting, em conferência de imprensa.
“O nosso grande objetivo é sair vencedores. A equipa está numa fase de evolução e esperamos que nos jogos que se aproximem a equipa tenha cada vez mais qualidade”, continuou, acrescentando que o reforço italiano Alberto Aquilani não vai a jogo devido a lesão.
Um dos temas quentes da tarde girou em torno das supostas mensagens que o treinador do Sporting terá enviado a três jogadores do Benfica antes do encontro da Supertaça, avisando-os de que perderiam o jogo se jogassem de determinada forma.
Ora Jorge Jesus nunca, em nenhum momento, negou ter enviado essas mensagens e mostrou-se até bastante agressivo nas respostas aos jornalistas. “Estou aqui para falar do jogo do Tondela. Esse jogo vai ficar na história do Sporting, conquistámos um título e para mim, agora, já não conta para nada”, disse Jesus.
Os jornalistas insistiram e o técnico de 60 anos agravou o tom de voz e ameaçou mesmo abandonar a sala de imprensa. “Se quiserem falar do jogo com o Tondela, falo. Se não quiserem vou embora. O Sporting ganhou esse título, ponto final. O meu primeiro título no Sporting é que fica na história. Não estou interessado em falar de um jogo que já acabou… não têm mais ideias?”. Jesus terminou o assunto dizendo: “Fique com a dúvida, é problema seu.”
A seguir à conquista da Supertaça, frente ao Benfica, o Sporting reforçou o estatuto de candidato ao título, algo que Jesus tinha deixado claro no dia da sua apresentação. “Eu disse no primeiro dia que a partir daquele dia o campeonato tinha três candidatos. Eu como treinador do Sporting assumo isso com naturalidade. É a história deste clube. Para mim é natural e normal o Sporting ser candidato ao título todos os anos”, disse.
“O mais importante é que amanhã possamos encontrar em Aveiro a onda verde, que está a crescer. Notou-se no Algarve e espero que volte a repetir-se em Aveiro. Isso é que é importante para mim, para a direção, para os jogadores. Manter a chama viva e um ambiente de confiança”, confessou.
Jorge Jesus foi questionado se depois de tantos anos de futebol estava, finalmente, na sua “cadeira de sonho”, o treinador recusou esse rótulo. “Nunca tive cadeira de sonho como treinador. O meu sonho é o futebol e a forma apaixonada como trabalho em todos os clubes por onde passei. Esta é igual.”