Jonas: “Não me amputaram o pé por um fio”

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Pouco mais de dois meses depois de ter feito o último jogo oficial pelo SLBenfica, Jonas lança hoje um livro em que conta os muitos episódios vividos numa ligação de quase cinco anos às águias, sem esquecer todo o percurso no futebol. E, entre os muitos momentos marcantes, o agora ex-avançado, de 35 anos, destaca também “o mais longo e penoso calvário” da carreira: a lesão sofrida no tornozelo direito logo no primeiro jogo oficial da temporada 2016/17, na Supertaça.
 
Uma fratura no pé que depois infetou, obrigando a nova intervenção cirúrgica, e que ameaçou mesmo o futebolista a antecipar o adeus aos relvados. “Nunca me passou pela cabeça a necessidade de terem de me amputar o pé, mas a verdade é que a hipótese foi colocada em cima da mesa e, mais, esteve por um fio para ser concretizada. Tempos mais tarde, o doutor António Martins confidenciou-me: ‘Caso tivéssemos esperado mais um dia, a infeção podia ter alastrado às cartilagens e, aí sim, seria o fim’“, revela Jonas, acrescentando: “Sou grato para a vida à equipa do médico António Martins que, em setembro de 2016, drenou e limpou a infeção no tornozelo”. “Nas primeiras três semanas do pós-operatório, quase não saí da cama. Clausura total. Tomava antibiótico e descansava. Apenas. Tomei quase 300 cápsulas. E engordei três ou quatro quilos”, revela, confessando que ocupou o tempo com “muita leitura“, com destaque para a biografia do Papa Francisco, um livro “decisivo para superar aquele período negro”.
 
“De todo o longo e penoso processo, a parte psicológica foi a mais difícil de gerir”, admite, frisando todo o apoio dos companheiros, dos treinadores e demais funcionários do Benfica. “Um dia até tive uma surpresa: o Luisão, o Jardel e o Júlio César apareceram sem avisar, com chocolates e bolos. Estava de dieta rigorosa, mas comi com os olhos e… com a alma”, conta.
 
Na hora do adeus aos relvados, uma das mensagens mais inesperadas foi a de José Mourinho, que é também partilhada no livro. “Queria mandar-te um abraço e queria dar-te os parabéns pela tua carreira. (…) Principalmente por aquilo que fizeste no meu país. O grande jogador, o campeão… mas fundamentalmente um homem sério, que deixa saudades”, escreveu o treinador português.

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