Escrito por: João Pereira

Em primeiro lugar gostaria de saudar todos os visitantes, leitores e os amantes do futebol que visitam o Domínio de Bola, com particular ênfase, claro está, para os adeptos do “nosso” Glorioso, Sport Lisboa e Benfica. Espero que esta nova época traga muitas alegrias ao nosso clube. Quanto às crónicas e, após a saída do Hugo Guedes, grande amigo benfiquista, espero que gostem do trabalho que eu e o Bruno Pinho, a quem eu aproveito já para deixar uma grande saudação, desempenharemos no exercício de escrita semanal sobre o Benfica.

 “Honrem as asas daqueles que outrora voaram alto”, esta frase ficou-me na cabeça. Via-a no Domingo escrita numa parede, ao sair do Estádio da Luz, após o jogo com o Gil Vicente, e chamou-me à atenção. A ladear a frase estava um graffiti representativo da porta de entrada do “Laboratório (Farmácia) Couto”, onde nasceu o nosso clube, e outro graffiti da cara do fundador do clube, Cosme Damião. Pensei para mim mesmo que o cenário desenhado naquela parede deveria figurar, em grande destaque, no balneário, no túnel de acesso ao relvado e na cabeça de todos os jogadores. 

O enorme Eusébio da Silva Ferreira, Néné, Veloso, Mário Coluna, Humberto Coelho, Shéu, Bento, Simões, Cavém, Francisco Ferreira, Toni, José Águas, José Augusto, António Bastos Lopes, Costa Pereira, Pietra, Chalana, Diamantino, Rogério Pipi, Arsénio Duarte, Rui Águas, Jaime Graça, Espírito Santo, Preud’homme, Julinho, Vítor Martins, Rui Costa, Isaías, Ricardo Gomes, Vítor Baptista, César Brito, Rui Jordão, Vata, Magnusson, Mozer e tantos outros, autênticos seres alados, deuses do seu tempo e arquitectos de inúmeras conqu istas. É nesses que peço que se inspirem, sim, vocês, jogadores e staff técnico do actual plantel. Honrem as asas desses homens que atingiram o topo no Benfica, queiram ser como eles, queiram voar como eles, porque o clube merece, os adeptos merecem e memória de todos esses ídolos assim o exige. O Benfica é enorme mas é de todos nós, apaixonados, sofredores e fiéis, incapazes de desligar o Benfica das nossas vidas. Todos vocês devem lembrar-se que é uma honra para qualquer um jogar e representar este clube, honrem e orgulhem-se da camisola que envergam para que o clube possa sentir-se, também, honrado da vossa passagem.

Defendam como Preud’homme e Costa Pereira, sejam defesas intransponíveis como Mozer, tornem-se mágicos como Rui Costa e Chalana, façam golos como Néné e Rui Águas, tornem-se, enfim, uns monstros sagrados e eternos como Eusébio. O nosso destino tem de ser o de vencer, façam os nossos corações vibrar, levem o clube às conquistas. A fé que sentimos é inabalável, o orgulho em ser do Benfica também. Cosme Damião e os seus parceiros criaram o que o tempo foi moldando, um clube gigante, Sport Lisboa e Benfica, E Pluribus Unum, de todos, um.

 

 

Nota 1 – Toda a gente sabe como acabou a época passada. Os deuses do futebol foram frios e injustos para com o clube do nosso coração, levando a um final de época dos mais dolorosos que pudemos assistir. Como se o que aconteceu no campeonato e na Liga Europa já não fosse suficiente mau, ainda sobrou a Taça de Portugal, onde tudo e mais alguma coisa aconteceu. Foi o expoente máximo do absurdo que assolou a ponta final de época. O Vit. Guimarães venceu o jogo com todo o mérito, depois de ter estado a época toda com dificuldades para construir ou manter estável o plantel da equipa A. Como se não bastasse a derrota, Cardozo decide tirar satisfações de JJ em pleno relvado e perante milhões de espectadores. A cereja no topo do bolo foi a autêntica falta de respeito de toda a nossa equipa. Antes dos vencedores receberem o prémio, alguma mente iluminada achou por bem que a equipa recolhesse aos balneários, faltando ao respeito a adversários, adeptos e telespectadores. Isto não é o Benfica, definitivamente não o é. Atitudes daquelas não se adequam, nem nunca foram típicas, de um clube como o nosso.

Nota 2 – JJ ficou numa situação periclitante após a última época. O treinador manteve-se, a cobrança é maior, a margem de erro é zero, após o desaire na Madeira.

Nota 3 – A má gestão do caso Cardozo, o mau reforço da lateral esquerda e a indefinição de saídas no plantel. As duas primeiras situações são puros actos de má gestão, a terceira não depende directamente do Benfica, pois é dada a liberdade aos mais ricos de fazerem compras de última hora depois dos seus campeonatos já terem iniciado. Atendendo a que teremos de vender, espero que a nossa equipa não sofra um “rombo” significativo.

Nota 4 – Vitória contra o Gil Vicente carregada de emotividade. Os descontos, desta vez, foram sinal de alegria. Esperemos que seja o “click” que catapulte a nossa equipa. A saborosa vitória era mais do que merecida. Grande atitude, prova de união e vontade, continuem desta maneira!

 

A subir: Lazar Markovic. Será umas das figuras do Benfica esta época, talento puro.

 

A descer: “Vocês são uma vergonha”. No momento em Djuricic está a assistir Markovic, no lance que culminou no momentâneo 1-1 frente ao Gil Vicente, algumas vozes começaram a entoar “vocês são uma vergonha”, que apenas foi abafado porque, felizmente, se festejou golo. Rapidamente, os mesmos intervenientes substituíram esse cântico por gritos de alegria. E de seguida Lima faz o 2-1, fazendo as vozes críticas arrependerem-se do que cantaram. A equipa lutou o jogo todo pela vitória, não merecia ouvir isso, mesmo que perdesse. Nota menos para os adeptos que entoaram esta frase. Pede-se críticas com sentido e não actos destes.

 

 

 

Saudações Benfiquistas.

 

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