
Rui Pinto, o hacker português, vai ser extraditado para Portugal, depois de ter sido ouvido na audiência do tribunal de Budapeste, na Hungria. No entanto, o pirata informático vai recorrer da decisão. A decisão foi anunciada pelo tribunal metropolitano de Budapeste, no final de uma sessão em que as partes apresentaram argumentos contra e a favor da extradição do português, que vive na Hungria.
“Eu vivo em Budapeste desde fevereiro de 2015. Os factos foram cometidos em território húngaro. Nunca recebi nenhum valor monetário pelo que fiz. Tudo o que fiz foi pelo interesse público, porque era necessário expor e levar as autoridades europeias a aperceberem-se da criminalidade à volta do futebol”, começou por dizer Rui Pinto em tribunal, que falou sobre o caso e-toupeira. “Em Portugal há o e-toupeira, de certeza que já ouviu falar sobre isso. São vários os casos. Não posso nem é possível confiar nas autoridades portuguesas”, confessou. “As autoridades portuguesas nunca me tentaram contactar. Sabem a minha morada registada em Portugal, o meu número de telemóvel, mas nunca me enviaram uma carta. Peço à juíza que não me envie para Portugal. É uma questão de vida ou de morte”, revelou, assumindo ainda que foi alvo de ameaças de morte. “O meu pai foi alvo de um ataque informático intencional. Fomos ameaçados de morte. Sou evidentemente um alvo a abater. Foi-me oferecido um programa de proteção de testemunhas por estar em risco”, disse ainda, a poucos minutos de conhecer a decisão.
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