Há trabalho pela frente… e é preciso paciência
2 min readÉ com satisfação que vejo que a mudança que Lopetegui efectuou no meio-campo de que aqui falei há 15 dias veio para ficar. Apesar de termos jogado 60/70 minutos em Kiev com um 4-4-2 algo híbrido, com uma espécie de quadrado no meio campo e que parecia ser um 4-3-3 na nossa fase defensiva, é evidente que essa é a aposta do nosso treinador, aposta essa feita já com a época a decorrer e para a qual deve haver ainda muito trabalho e paciência, essencialmente do lado dos adeptos. Lopetegui sabe certamente que já não tem grande margem de manobra para suportar outra época sem títulos maiores, como tal, é necessário arrepiar caminho o quanto antes.
Essa alteração no triângulo de meio-campo permite-nos ter um jogador bem posicionado para fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque, que tem sido o André André, apesar de perdermos alguma da presença capacidade posicional a nível defensivo, por não termos um trinco declarado no zona mais central do terreno, capaz de apoiar os defesas centrais. O plano B do 4-4-2 tem sido usado algumas vezes, mas julgo que, para o nosso campeonato, esta alteração no triângulo é a correcta.
Após este jogo em Kiev, com a ausência de Marcano, ficou ainda mais a nu a menor qualidade que temos lá atrás. Miguel Layún é, na melhor das hipóteses, um ala razoável num sistema 3-5-2. Ataca com ímpeto e cruza bem (com o pé direito…) mas não tem princípios a defender, posiciona-se mal, não sabe marcar e não compreende os movimentos dos adversários. Agora com o Benfica, julgo ser preferível jogar com o Indi nessa posição. Outro jogador que, ao invés de evoluir, cada vez parece pior é o capitão Maicon. É desesperante a facilidade com que perde alguns lances ou como por vezes nos coloca em dificuldades por entrar à queima sem necessidade. Espero que a direcção esteja atenta a isto e que nos possamos reforçar com jogadores de qualidade inquestionável ou, pelo menos, com margem para evoluir para tal.