Escrito por: João Pereira
O jogo de sábado referente à Taça da Liga acabou por ser especial, não tanto pela vitória que significou o pleno de vitórias no grupo sem qualquer golo sofrido, mas mais pela peculiar aglomeração de jogadores portugueses na equipa do Benfica. Foi bom ver tantos portugueses a jogarem de àguia ao peito e a maioria deles jovens. Obviamente, este onze não se poderá repetir em jogos do campeonato e Liga Europa, onde aí devem jogar jogadores mais tarimbados, mais experientes e, neste momento, com mais qualidade e vigor físico. Os jovens, nesta competições principais, devem ser colocados de uma forma sustentada, para depois explodirem e, quem sabe, a médio/longo prazo, formar um plantel “mais” português e forte. Já nos jogos da Taça da Liga, sou totalmente a favor que se use uma equipa deste género até ao final desta competição, seja contra FC Porto, Sporting, Braga, Rio Ave ou qualquer outro. Lembro-me de um ano em que Arséne Wenger chegou à Final da Taça da Liga inglesa fazendo todo o percurso na competição com jovens, naquela altura, practicamente desconhecidos do mundo do futebol. Não sei se a ganhou ou se a perdeu, sinceramente já não me recordo, mas o que é certo é que muitos desses nomes são agora jogadores feitos, com qualidade e estão na elite do futebol inglês e mundial. E com um calendário tão apertado para o Benfica neste mês de Fevereiro e numa competição tão direccionada para o lançamento de jovens, porque não utilizar uma equipa com muito portugueses e com jovens?
Frente ao Gil Vicente, a exibição do Benfica longe de deslumbrar, foi boa, com um domínio da posse de bola avassalador, o adversário sem realizar qualquer remate à baliza durante o jogo todo e a vantagem mínima a saber a pouco, tendo em conta as oportunidade criadas. A experiência dos portugueses Paulo Lopes, Steven Vitória, Rúben Amorim e Sílvio, foram um excelente complemento à irreverência de jovens como André Almeida, André Gomes, Ivan Cavaleiro, Hélder Lopes, João Cancelo e Bernardo Silva. Destaco a exibição de André Gomes, que, sendo jovem, joga como um “adulto”. A falta de intensidade é a sua maior lacuna, factor que, com certeza, muito o prejudica na hora de Jorge Jesus construir a equipa noutros jogos. Matic disse que André Gomes seria o seu sucessor. Mas pelas notícias que têm vindo a público, André Gomes sucederá ao sérvio mas é como próximo jogador a ser vendido.
A porta parece ainda estar aberta a mais saídas e a indefinição reinará até ao final do período de transferências. Perder jogadores nucleares poderá significar uma equipa menos competitiva e sem poder para disputar po títulos.
No sábado haverá novo confronto frente aos gilistas, desta feita para o campeonto e no Minho. São competições diferentes e o Gil Vicente, inofensivo da Taça da Liga, pode tornar-se bastante perigoso a jogar em sua casa. Ao Benfica caberá assumir o jogo e tentar resolvê-lo rápido, se assim for possível.
Nota – A polémica entre FC Porto e Sporting para a Taça da Liga foi a notícia desta semana e novos episódios virão. O Sporting finalmente deixou de ser o “animal de estimação dos nortenhos”, mas Bruno de Carvalho parece um louco desregulado a disparar em todas as direcções.
A subir: Equipa de hóquei em Patins. Excelente vitória sobre o FC Porto por 6-1 que relança a equipa na disputa do campeonato nacional da modalidade.
A descer: Equipa de Juniores. Os juniores do Benfica perderam 2-0 com o rival Sporting e viram o fosso para o primeiro lugar aumentar para 15 pontos. Apesar da mais que certa presença na segunda fase da competição, a equipa não está a jogar bem e os resultados não correspondes às expectativas.
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