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O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques voltou a usar o Porto Canal para revelar novos dados no já chamado “Caso dos emails“. Na última noite , no programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal, o diretor de comunicação e informação dos dragões revelou emails enviados por Nuno Cabral, ex-árbitro e delegado da Liga, a Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD do Benfica, e Pedro Guerra. Num deles é referido que o árbitro Hélder Lamas estava “proibido” de subir à primeira categoria. Francisco J. Marques acusa ainda o Benfica de ter em sua posse números de telemóveis de equipas de arbitragens nomeadas para os jogos das águias.

Vamos falar da influência que o Benfica tem em coisas que não devia ter. Nuno Cabral, ex-árbitro e ex-delegado, durante um longo período forneceu informações ao Benfica que não são aceitáveis e que convinha que o Benfica explicasse porque precisava delas. A 14 de abril 2015, Nuno Cabral enviou um email a dizer ‘abraço’ e com um anexo com fotografias de Rui Costa, João Silva, Rui Rodrigues… E um documento. Nesse dia tinha sido nomeada a equipa de arbitragem para o Belenenses-Benfica e o Nuno Cabral enviou a Paulo Gonçalves a dizer quem são os árbitros e depois diz: ‘Rui Costa, adepto confesso do FC Porto, irmão de Paulo Costa, natural do Porto, professor’ e o telemóvel. E o mesmo para os assistentes… Com vários pormenores. A que propósito é que o Paulo Gonçalves precisa dos telemóveis dos árbitros? Para lhes desejar Bom Natal? É bom que ele, que não diz nada desde julho, explique por que razão quer isto”, começa por revelar, falando depois de outra situação.

A 19 março 2015, houve a nomeação para o Rio Ave-Benfica, com o árbitro Marco Ferreira, adepto confesso do Benfica, e todos os pormenores. Assistentes… Sérgio Serrão, ‘adepto confesso do SLB… Quarto árbitro, Jorge Tavares, adepto e sócio do FC Porto, odeia o SLB’. E depois este pormenor delicioso: ‘trabalha na empresa’ tal, na rua tal, portanto tem a morada completa do local de trabalho e o telemóvel. Porque é que o Benfica precisa do número de telemóvel dos árbitros? Só tenho uma conclusão: porque anda a pressionar, imagino. E sabem os clubes de toda a gente. Isto é espionagem a favor de um clube para que retire vantagem. As autoridades do futebol têm de se pronunciar sobre isto. Ou isto é normal? Estas informações não são privadas? O Nuno Cabral tinha um duplo emprego: era delegado da Liga e trabalhava para o Benfica e o Paulo Gonçalves, um dirigente relevante, recebia estas informações”, continua.

A 6 outubro de 2015, Nuno Cabral envia um email para Pedro Guerra: ‘Hélder Lamas, este árbitro é oriundo da AF Porto, tirei o curso com ele em 2012 e é protegido pelo staff do FC Porto (Antero Henrique, Reinaldo Teles, Joaquim Pinheiro, Acácio e Jaime) e também por Jorge Sousa, Carlos Carvalho e José Ramalho (o homem dos recursos). É sócio e adepto do FC Porto e odeia o SLB’. Agora a parte relevante: ‘está proibido de subir a C1’, a primeira categoria. Está proibido? Pois está, sabem o que aconteceu? Nunca subiu. É um dos árbitros mais promissores da segunda categoria, só que pelos vistos estava vetado pelo Benfica”, apontou Francisco J. Marques, esperando agora que a APAF reaja.

Amanhã, a APAF que se pronuncie sobre isto e que faça a defesa do árbitro Hélder Lamas e por que razão estava proibido de subir. E quem tem o condão de o proibir? É o Nuno Cabral, o Pedro Guerra, é o Luís Filipe Vieira, é o Benfica? Quais são as consequências de ter este tipo de interferências?”, questionou.
A terminar, um outro email, agora sobre uma reunião de delegados da Liga em que é contado ao pormenor o que se passou. “Isto tem coisas absolutamente lamentáveis da vida privada que não vou ler por respeito às pessoas envolvidas. Vou ler só uma que é inocente para se perceber: “Dina Mimoso tem uma tatuagem no pé direito com o nome do filho”. Isto é a parte benigna, a parte maligna é vergonhosa”, atirou.

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