A SAD portista está em fase de sondagem do mercado
FC Porto está a preparar uma nova emissão de dívida que promete ser a maior de sempre realizada em Portugal por uma sociedade desportiva cotada em bolsa.
A SAD portista está em fase de sondagem do mercado, sendo que o feedback recolhido será crucial para definir os moldes finais desta operação financeira.
O clube azul e branco tem como objetivo garantir, no mínimo, 80 milhões de euros, embora o montante final possa exceder este valor. Em maio de 2021, o FC Porto já havia protagonizado o maior empréstimo obrigacionista (EO) até então, ao solicitar 70 milhões de euros e conseguir arrecadar 64,8 milhões (93% do valor pretendido). Agora, a ambição é ainda maior.
A razão para esta nova operação prende-se, por um lado, com a necessidade de reembolsar um EO de 50 milhões de euros que vence dentro de sete meses, e, por outro lado, com a urgência de garantir liquidez até ao final de 2024. O FC Porto enfrenta uma dívida de 90 milhões de euros a clubes e agentes, resultante de transações de jogadores, cuja falta de pagamento poderá levar à exclusão das competições europeias pela UEFA.
Embora o clube vá receber 50 milhões de euros em outubro da Ithaka – primeira tranche dos 65 milhões acordados em troca de 30% das receitas do Estádio do Dragão até 2049, num negócio que poderá chegar aos 100 milhões se determinados objetivos forem atingidos – e o saldo líquido de 15,8 milhões de euros das movimentações no último mercado de transferências, esses montantes são insuficientes para cobrir as obrigações financeiras pendentes.
A estratégia da SAD deverá passar por duas operações paralelas: a substituição dos 50 milhões de euros do EO que vence em abril de 2025, e uma nova emissão de dívida. Esta última permitirá não só cobrir as obrigações que os investidores não aceitarem substituir, como também reforçar a liquidez do clube. Estas operações poderão começar com valores inferiores, aumentando posteriormente até atingir os 80 milhões de euros ou mais.