Aconteceu há precisamente 18 anos. O cântico “só eu sei porque não fico em casa” entoado na varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, aconteceu há precisamente 18 anos, na noite de 28 de abril de 2002.
Esta é, por isso, a data que assinala o maior jejum de títulos do Sporting, no que ao Campeonato Nacional diz respeito. O então capitão dos leões, Pedro Barbosa, hoje comentador televisivo, estaria longe de imaginar, perante uma Praça do Município completamente lotada de adeptos sportinguistas, que aquele seria o último título até… 2020.
O Sporting vivia uma fase de grande confiança, conquistara dois campeonatos em apenas três anos e a profecia de José Roquette, na cerimónia de criação da primeira sociedade anónima desportiva em Portugal, parecia estar a ser cumprida.
“O Sporting vai ser três vezes campeão a cada cinco anos”.
Nesse dia nessa varanda estavam futebolistas de grande qualidade como Mário Jardel, João Vieira Pinto, Sá Pinto, Marius Niculae, Rui Bento, Paulo Bento, Hugo Viana, Rui Jorge, André Cruz, Phil Babb, Beto ou Quaresma, só para referir os que mais se destacaram nessa temporada 2001/02. Laszlo Bölöni, o último treinador a sagrar-se campeão pelos leões, também lá estava, tentando absorver as emoções de uma noite a verde e branco que Lisboa não voltou a viver. Desde 28 de abril de 2002, o Sporting esteve numa final europeia (Taça UEFA, 2004/05), ganhou cinco Taças de Portugal, duas Taças da Liga e quatro Supertaças, mas não mais voltou a levantar o troféu mais desejado.
Ao longo destes 18 anos em que o Sporting não conquistou o título de campeão nacional, o FC Porto conquistou-o por dez vezes e o Benfica celebrou por sete vezes. Resta saber qual dos dois (ou se algum…) vai erguer o troféu nesta temporada 2019/20.